Usina de Letras
Usina de Letras
218 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Dá um Tempo! -- 28/03/2015 - 08:26 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DÁ UM TEMPO!



É bom respirar a liberdade

escondida entre os eclipses.

Passo entre as algemas da rotina

embarcada em correrias inexplicáveis:

abro fendas na sanidade.



Deixamos marquinhas na areia

feito criança que se perde no mato

e vamos plantando e arrancando

como famintos.



Cruzeiros de horror e desespero

em sangue de gente inconformada

em vidas de nós mesmos , inacabadas:

o mundo é o cenário da falta

onde a opulência da estupidez é humana.



Todos os jardins são bem-vindos.



A Terra também é minha esfera;

tua casa, a senzala. O topo do que temos

e o início do nosso nada. A idéia da vida

com seus picos e montanhas incendiadas

de desejo de existência e esperança remendada;



mesmo em meio à sua miséria o homem... fala?



Quando à noite o céu escuro me confronta

ao chegar a este cenário- eu digo "casa"

há um teto que arvora-se a jogada

outra gente

outro nada

e caminho pela beira como inseto

a tentar achar a gema e minha alma



uma alma que nem sei

ou está algemada?



Em talvez uma janela meio errada

entro inteira

busco alguém

respiro fundo:

o que chamo de rotina me conforma

o que exijo para amar

me desafina.

Menos mal que já aprendi onde me escondo.



Mas então as borboletas não aclamam:

é verdade ou invenção

que elas são fadas?

São casulos empurrados para o voo

e o insensato caça e guarda

como um bolo.

É por isso que ser livre custa muito.



Custa a fuga

custa a lama, o galho certo e a jogada.

Liberdade é a utopia de umas caras

que descobrem serem máscaras

sem cara...

É aí que ando correndo ou quase alada

para metas tão estranhas

que me acabam.

Ainda assim respiro a essência de algo estranho

que se esvai entre as correntes da jornada.



é bom desenhar a liberdade

como deusa que cutuca mente e sonhos

e quem sabe é de verdade

talvez fogo

ou ventania

ou às vezes bata à porta

sem aviso



II



Gritar:

entropia que desvenda

geada

cálida

curta e fina

trilha do ser que escapa.



Pela boca ou na cabeça

como lágrima precisa

cheia do que sente-se

nu

arquitetado por aquilo que lá reside:

no lado de dentro e respira

verdadeiro e oculto

no silencio.



Grito quando paro e sem medo algum

pergunto ao mundo que fizemos:

e agora... nada?

Então sim : não tenho nada

nada quero a não ser ar

e respirada



Nesse instante abraço livre meus limites

como barcos são meu nome e minha cara.

Nesse arame de equilíbrio ainda acho

que te encontro como pássaro

que aguarda

e talvez a madrugada me retome

como alguma criatura que desaba

da caótica cultura

mãe

e amarra...









-----------------------------------------------------------------
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 2Exibido 241 vezesFale com o autor