Chegavas, bem como o sol dengoso,
Amanhecendo entre os morros da fazenda,
Esticando os braços preguiçosos
Acompanhando simplesmente as horas do dia.
Chegavas como quem chega de manso
E como ele, tocavas o solo
E fazias brotar e ao mesmo tempo abrir
A pequena folha que acabava
de nascer em busca de luz,
ainda molhada do orvalho da noite.
Chegavas, trazendo a esperança de um recomeço,
E era tudo novo, de novo.
Eras antigo, e tão atual,
Igual, e tão diferente,
Velho e moço,
Mas chegavas, bem como o sol,
Iluminando meu corpo e minha alma,
Aquecendo, devolvendo a vida,
Bem assim, como o sol.
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