Usina de Letras
Usina de Letras
202 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A PRIMAVERA DAS FADAS -- 18/09/2015 - 17:55 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enfim retornou a primavera no jardim das fadas

Antes a primavera existia,

mas há muitos anos

que somente se via fotos de alfazemas

e abelhas que não conheciam pétalas.

Sim, regressou a primavera

no jardim das fadas.

Tanto tempo atrás germinou a última

que os caules de velhas begônias

já eram parafusos

e o jardim parecia outra mecânica,

a virar uma fábrica de pregos pintados.



As fadas estranharam o sumiço,

construíram uma altíssima torre

porque imaginaram,

a primavera estaria sobre as nuvens

e quando não a viram ali

questionaram as formigas,

por acreditarem,

a estação das flores

seria um formigamento profundo.



Chegou novamente a primavera no jardim das fadas.

Algumas crianças perceberam

e desenharam melancias

ao lado de aviões azuis,

um sol laranja sorriu

e brilhou na cartolina intacta

porque a cartolina era a antemanhã.



Enfim ressurgiu a primavera do jardim das fadas

e as fadas mais idosas

que lamentaram verões gastos

no suco da uva artificial,

convidarão para a festa

todos os namorados,

porque afinal o amor

é a ideia relacionada,

o adubo da flor dos cativos.



É primavera do jardim das fadas

e não fossem as farsantes

que quiseram vender outonos

e seus plásticos,

tudo estaria bem.



Mas não nos incomodemos,

agora somos anjos

e não bastardos de asas,

viveremos a primavera

e teremos a surpresa:

as flores cobrirão a tristeza

com o bom senso do perdão.

Estaremos livres,

longe do mau cheiro dos vícios,

além da senilidade da culpa

e também floresceremos.







Do livro: "CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM"

phcfontenelle@gmail.com
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui