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Contos-->Lendas da Noiva e Bailarina Zumbis da Zoombie Walk -- 09/02/2013 - 14:39 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lendas da Noiva e Bailarina Zumbis da Zoombie Walk

A Zoombie Walk é um desfile de pessoas fantasiadas de zumbis, que acontece em Curitiba, na época do Carnaval. Este bloco tem muitas lendas urbanas e leremos algumas abaixo:
A Noiva da Zoombie Walk:

Nos anos setenta, em Curitiba, havia uma jovem tímida e depressiva conhecida como Kiki que se apaixonou por um ex-colega de faculdade chamado Paulo. Então, alguns anos depois eles tornaram-se noivos. O problema era que o rapaz nunca foi fiel e gostava de freqüentar a vida noturna da cidade, principalmente as boates da região da Rua Cruz Machado. Uma certa noite, este moço foi seduzido por Flor da Noite, uma garota de programa. Desta forma, eles passaram a ter um caso, mas mesmo assim Paulo não rompeu o noivado com Kiki. Inclusive, eles marcaram o casamento para o sábado de Carnaval.
O tempo passou até que a noite do matrimônio chegou. A noiva foi arrumada no salão de beleza mais chique da cidade. Porém, quando veio a hora da cerimônia, Paulo não apareceu no altar. Kiki ficou desesperada e foi até a lanchonete da esquina beber de tanta angústia. Bem no momento em que esta jovem pediu a cachaça, ela viu a seguinte notícia na televisão do bar, onde o repórter dizia:
- Agora, falaremos sobre a vencedora do concurso de beleza chamado Bem Bolada. Este desfile serve para escolher a musa do Carnaval entre as mulheres que trabalham na noite. Por isto, entrevistaremos a vencedora, Flor da Noite:
- Como é a emoção de ganhar o concurso da Bem Bolada?
Flor respondeu:
- É muito gratificante ser a musa do Carnaval entre as mulheres que trabalham em casas noturnas. Inclusive amanhã viajarei com o meu namorado Paulo, que agora está ao meu lado, para casarmos no Paraguai e por tudo isto, estou muito emocionada.
Depois destas palavras, a câmera filmou o rosto do namorado da miss. Desta forma, Kiki reconheceu seu noivo fujão, pegou uma garrafa vazia de cerveja e saiu correndo até chegar ao baile carnavalesco de um clube muito famoso, onde ela era sócia. Assim, a jovem se trancou no banheiro, quebrou o casco da cerveja e enfiou um vidro enorme em seu pescoço. Deste jeito, a pobre faleceu.
Então, Kiki ficou vagando vestida de noiva no Vale dos Suicidas, escutando choro e sofrimento, das almas penadas, no meio da escuridão. Trinta anos passaram-se sem a moça ter consciência disto. Assim, caminhando pelas estradas daquela região, Kiki encontrou-se com a famosa bruxa do Vale dos Suicidas que disse-lhe:
- Eu sou uma feiticeira do Astral e tenho excelentes notícias para você:
- Na sua vida terrena, você foi tão depressiva, que nem a terra desejou comer seu corpo porque ficou com medo de que a sua vibração triste deixasse o solo infértil. Portanto, você está inteira no caixão e terá o direito de vagar durante o Carnaval pela cidade de Curitiba. Mas, terá que cumprir a sua missão de vingança:
- Você deverá seduzir os homens que são infiéis às suas noivas, nos bailes carnavalescos, levá-los até o seu mausoléu e matar os pobres com o seu beijo de morta-viva. Bem, você saberá reconhecer um rapaz traidor com os seus olhos intuitivos de zumbi. Porém, como os bailes carnavalescos sumiram de Curitiba, você terá que buscar as suas vítimas numa marcha, que ocorre, na época de Carnaval, chamada Zoombi Walk. Então, como o evento trata-se de uma caminhada de pessoas vestidas de mortas-vivas, ninguém estranhará sua pele esverdeada e sua cicatriz no pescoço, pois pensarão que faz parte da maquiagem.
Assim, a partir daquele dia, Kiki passou a sair do seu caixão para pular o carnaval na parada da Zoombie Walk. Reza a lenda que até hoje ela segue os conselhos da bruxa: desfila na marcha dos mortos-vivos, seduz um moço infiel, leva o pobre para o cemitério, bem no seu mausoléu, beija esta vítima que morre e vai para o umbral.
Dizem que até hoje, Kiki, toma esta atitude. Por isto, é recomendável que os homens não se deixem seduzir por nenhuma noiva de pele esverdeada, com cicatriz no pescoço, que brinca o Carnaval na Zoombie Walk curitibana.

A Bailarina da Zoombie Walk:
Filó era uma donzela adolescente, de família rígida, que estudava balé e gostava de se apresentar com seu grupo de dança em diversos teatros. Um dos seus sonhos era participar do bloco Zoombie Walk, vestida de bailarina morta-viva, no Carnaval. Porém, seus pais nunca deixavam porque achavam que aquele bloco era coisa do diabo.
Mas, esta jovem tinha um outro problema: Romildo, seu ex-namorado vivia perseguindo a pobre e falando a seguinte ameaça:
- Se eu não tiver você nesta vida, possuirei seu corpo depois de morta e assim você realizará seu maior sonho!
Mesmo assim, a dançarina não se deixava abater pelas ameaças do rapaz.
No sábado de Carnaval, Filó foi convidada para se apresentar com o seu grupo de balé num teatro da cidade em que morava, Curitiba. Então, o tão esperado dia chegou e o espetáculo foi um sucesso, mesmo Romildo assistindo a tudo da platéia. Quando o show acabou, Filó decidiu sair, às escondida, vestida de bailarina mesmo, pois estava com pressa, para ir a um espetáculo do famoso evento chamado Psico Carnaval, sem que seus pais soubessem. Porém, a dançarina estava tão apressada, que ao atravessar a rua, não viu que um automóvel vinha em sua direção. Por isto, ela foi atropelada e morreu no mesmo segundo.
No velório, seus pais decidiram enterrar a jovem vestida de bailarina do Lago dos Cines. Romildo, ficou o tempo inteiro ao lado do corpo da amada e murmurava:
- Isto não vai ficar assim...
- Isto não vai ficar assim...
No mesmo dia, este rapaz, decidiu ir até a cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba atrás de uma “ curandeira”, que todos diziam que tinha o poder de transformar mortos recentes em zumbis. Ele fez este pedido à feiticeira, pagou o que ela pediu e levou esta bruxa até o túmulo de Filó. A “curandeira” injetou uma substância na veia do cadáver, que voltou a vida parecendo uma múmia hipnotizada. Romildo, inconformado com o resultado, disse à bruxa:
- Ela está parecendo um zumbi!
Então, a maga explicou:
- Mas, isto é isto mesmo o que ela é!
- Para que ela possa despertar para a vida verdadeira, basta que uma coisa aconteça: esta morta-viva precisa estar num evento, que ela sempre quis participar e depois beijar o príncipe que esteve predestinado para ela.
Romildo pensou:
- Filó sempre quis estar no Zoombie Walk, que é hoje a tarde e eu posso beijá-la, pois sou o homem da vida dela.
A “curandeira” explicou:
- Tomara que seja, porque se não for, todos os anos ela deverá seguir o mesmo ritual: participar da Zoombi Walk e esperar ser beijada pelo príncipe que o destino escolheu.
Após estas palavras, Romildo notou que sua amada, andava como se fosse um robô até o centro da cidade. Assim, ele seguiu cautelosamente a pobre e notou que ela se dirigia à Zoombie Walk.
No meio do evento, ele beijou a bailarina, que continuou a se comportar como uma morta-viva.
Reza a lenda que até hoje, na época da Zoombie Walk, Filó sai do seu túmulo para desfilar no bloco e esperar o beijo do seu amado encantado, que a libertará do feitiço de ser uma mota-viva do Carnaval para sempre.
Luciana do Rocio Mallon


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