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Contos-->Lenda do Homem-Coelho de Pinhais -- 02/03/2013 - 17:20 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lenda do Homem-Coelho de Pinhais

Nos anos setenta na cidade de Pinhais, localizada na região metropolitana de Curitiba, existia uma mulher apelidada de Neka. Esta jovem era casada com, Marcos, um caminhoneiro e era filha de Giulia, a melhor costureira da região. Apesar de aparentar felicidade, Neka tinha um problema, pois estava casada há cinco anos, com o seu marido, e não conseguia realizar o seu maior sonho que era de ter um filho. A moça tinha consultado diversos médicos, que afirmaram a necessidade do seu esposo fazer exames também. Mas, Marcos nunca aceitou esta possibilidade.
Então, um certo dia, Neka resolveu procurar uma bruxa para poder engravidar. A feiticeira pediu para que ela levasse um coelho encantado para a casa e disse:
- Este animal tem poderes sobrenaturais e trará um filho a você. Porém, para isto é necessário que você deixe este coelho em seu quarto toda a vez que seu marido estiver viajando.
Neka pagou a “ curandeira” e levou o animal para casa. Assim ela batizou o bicho de Toby.
Naquela mesma noite, ela deixou o coelho em seu quarto, já que seu marido estava entregando uma carga em outro estado. Assim a dama pegou no sono com facilidade. Porém, de repente, ela despertou no meio da noite ao ser tocada por um homem estranho que era loiro, alto e dentuço. Naquele instante Neka iria gritar, mas o rapaz tapou a boca dela e explicou:
- Por favor, não grite.
- Pois, sou Toby, o seu coelho mágico.
- Durante o dia eu sou um simples animal. Porém, de noite eu viro um homem com o objetivo de realizar o seu maior sonho.
Após esta explicação o moço foi tão carinhoso com a jovem, que ela acabou cedendo.
A partir daquela noite em diante, Toby e Neka se amavam, enquanto Marcos viajava.
O marido daquela moça só parava em casa de vez em quando, por causa de sua profissão de caminhoneiro, o que fez com que Toby e Neka vivessem um verdadeiro romance.
Alguns meses depois, a moça anunciou a Marcos, que estava grávida, o caminhoneiro ficou radiante e Toby, misteriosamente, desapareceu.
Nove meses depois, Neka deu a luz a um menino que chamou de Maurício. Porém, na primeira vez que seu esposo viu este bebê ralhou:
- Este menino não pode ser meu filho. Pois, nós dois temos a pele morena, estilo jambo, e esta criança veio branca, loira e de olhos azuis!
Naquele momento, Marcos deu uma surra tão grande em Neka, que ela decidiu abandonar o marido e sair da cidade. Então, esta moça deixou o filho aos cuidados de sua mãe, Giulia, que criou o neto com carinho. Na escola, o apelido do garoto passou a ser coelho, por causa da sua aparência física: loiro, de olhos azuis e com os dentes da frente enormes.
Ainda criança, Maurício fez amizade com seu Lélio, que criava coelhos em seu quintal. O garoto ficava horas admirando aquela criação. Até que quando ele completou dezessete anos de idade, este rapaz foi convidado para trabalhar na criação de coelhos deste senhor.
O problema é que neste aniversário de dezessete anos, Maurício teve um pesadelo estranho: ele sonhou que virava um coelho nas noites de Lua Cheia.
Quando Maurício completou dezoito anos, dona Giulia teve um derrame e parou na UTI. Deste jeito, o rapaz entrou em uma igreja e prometeu ao Poder Superior, que caso a sua avó saísse viva e ilesa, ele se vestiria de coelho e distribuiria ovos de chocolate, na Páscoa, para as crianças carentes na região.
No dia seguinte, Giulia melhorou bastante e saiu do hospital. Desta maneira, seu neto foi até a igreja e agradeceu a Deus. Naquele mesmo ano, Maurício cumpriu a promessa: vestido de coelho distribuiu ovos de chocolate para as crianças das comunidades carentes de Pinhais, na Páscoa.
Porém, o tempo passou e Maurício passou a andar com más companhias, que levaram o pobre para o mundo das drogas. Uma vez, por causa dos tóxicos, este rapaz entrou no quintal de uma casa e roubou a bicicleta de Alexandre, um vizinho com fama de encrenqueiro. Hilda, a irmã deste vizinho, viu tudo e espalhou a notícia.
Naquele mesmo dia, enquanto Maurício usava drogas num bosque, Alexandre e seus amigos: Douglas e Márcio mataram o pobre a facadas.
Porém, alguns minutos depois, o líder do crime chegou em casa e gritou para, Eulália, sua mãe:
- Matei o coelho!
A mulher perguntou:
- Um dos coelhos da criação do Lélio?
Alexandre respondeu:
- Não
- Eu matei foi o coelho da Giulia.
Depois desta revelação, Eulália mandou o filho e seus comparsas confessarem o crime para a polícia. Mas, eles puderam responder ao crime em liberdade.
Numa tarde sombria, Alexandre estava trabalhando sozinho em sua oficina mecânica, quando de repente, alguém entrou e espancou este homem com uma chave inglesa. Alexandre não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. A polícia notou que existiam pegadas sangrentas de coelho no local.
Algum tempo depois, Douglas, enquanto tomava banho, escorregou no banheiro, bateu a cabeça no chão e morreu. Aqui o interessante é que a perícia notou que havia pegadas vermelhas de coelho no local.
Dias após este ocorrido, Márcio teve um acidente de moto e foi levado para um hospital. Alguém desligou os aparelhos, com o rapaz ainda vivo, e um médico notou que existiam pegadas carmins de coelho no quarto.
A partir daquele mesmo ano, as crianças carentes da cidade continuaram a receber ovos de chocolate, mas de uma forma estranha: elas acordavam na Páscoa, pela manhã, com ovos debaixo de suas camas sem seus pais comprarem nada.
Reza a lenda de que foi o espírito de Maurício que matou seus assassinos e que deixa até hoje ovos de chocolate nos quartos das crianças carentes. Este causo ficou conhecido como: A Lenda do Homem-Coelho de Pinhais.
Luciana do Rocio Mallon






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