O relógio na parede
Marca as horas não vividas.
Na escrivaninha repousam, papel e pena.
A esperança em flor dá botões vermelhos
Esperando meu poema de amor.
O rádio toca uma canção antiga
E o peito se enche de melancolia.
O papel, grita meu nome,
A pena, se ergue animadamente,
Na intenção de ser possuída.
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