Inflação 2011*
A inflação a ameaçar começa brava,
Todos os preços sobem sem limite;
Enquanto não houver quem muito grite,
O comerciante a máquina destrava.
A sociedade fraca, inerte e escrava –
Cheia de males, malas e bronquite –
Não tem programa básico que agite
A vida e os seus caminhos só entrava.
Tomara que a segure a equipe tonta
E evite que tenhamos de rever,
De outrora, quadro negro que amedronta!
O povo diminui todo o lazer
Sem fechar essa incompreensível conta
Que paga e o impede até de mais viver!**
* Brasília, DF, 06/04/2011. Por ocasião dos sintomas não muito agradáveis de a inflação voltar.
** Quando publiquei neste site este soneto (há mais de 5 anos!), a inimiga terrível apenas ameaçava retorno. Hoje, com tristeza e decepção, comprovo que ela voltou e teima em permanecer.
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