Lenda do Gato Kiko da Loja Kisses
Depois do gato Bóris da Livraria Trovatore e da gata Nina do salão de beleza da estação Guadalupe, surgiu mais um felino sobrenatural em Curitiba, que tem muitas lendas urbanas abaixo:
Reza a lenda que em Curitiba, no século dezenove, existia um costureiro delicado, chamado Kiko, que confeccionava roupas femininas muito bem. Este alfaiante, sonhava em ter uma loja própria e amava felinos. Por isto, vivia dizendo que gostaria de reencarnar num gato em sua próxima vida.
O problema é que Kiko era perseguido por ser homossexual assumido.
Uma noite, voltando de uma festa, este rapaz levou um tiro num lugar, onde hoje é a Rua Doutor Muricy, no Centro, de Curitiba.
Anos se passaram e naquele mesmo lugar, abriu uma loja de roupas femininas, com peças muito interessantes.
Em 2010, oito da manhã, a dona entrou para abrir a loja e viu um filhote de gato miando em frente. Então, esta moça abrigou o bicho, deu-lhe abrigo, comida e batizou-lhe de Kiko em homenagem ao personagem do seriado Chaves.
Logo que o felino cresceu a jovem deu liberdade para o animal passear, mas mesmo assim ele preferia permanecer dentro do estabelecimento.
Um certo dia, minha amiga Paty estava procurando uma roupa para festa, mas não achava nada que caísse bem no seu corpo. De repente, ela parou na loja Kisses, da Rua Doutor Muricy, escolheu algumas peças de roupa e provou. Assim a dúvida possou em sua cabeça. Mas, de repente, surgiu um gato, com um lindo vestido na boca, dentro do provador. Paty experimentou aquela peça, que ficou linda em seu corpo e por isto ela a comprou.
Ao sair da loja, a donzela se despediu do bichano:
- Obrigada, gatinho mágico!
- Agora, só falta eu arrumar um namorado.
Na festa, em que Paty saiu com a roupa nova, ela conheceu um fazendeiro e casou-se com ele 6 meses depois.
Reza a lenda que a pessoa que entrar naquela loja, acariciar a cabeça do gato e fazer um pedido, tem o seu desejo realizado. Quando a cidade escurece e o gato fica na vitrine, pessoas sensíveis conseguem ver sua aura violeta.
Até hoje, quem passa em frente a loja, pode ver o gato Kiko. Algumas criaturas chegam até confundir este felino com um bicho de pelúcia e entram na loja perguntando sobre o preço do "brinquedo".
Vamos torcer para que este animal não seja vítima de sequestro, assim como foram o gato Bóris e a gata Nina.
Luciana do Rocio Mallon
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