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Poesias-->A Louça da Poesia -- 27/08/2016 - 15:32 (Luciana do Rocio Mallon) |
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A Louça da Poesia
Sou a louça, mas quando estou suja e imunda
Sirvo de desculpa para quem não tem argumento
Gritando de uma forma triste e nada profunda:
- Vá lavar uma louça, neste exato momento!
Sou uma louça que nunca fica vazia
Porque sempre guardo uma surpresa
Afinal sou a secreta louça da Poesia
Que serve o mendigo e até a princesa
Transformo-me num tradicional prato de porcelana
Quando alguém deseja saciar a fome de conhecimento
Fui pintado por uma sábia e antiga cigana
Com mensagens de otimismo com sentimento!
Há pessoas que comem em meu fundo
Depois, com ódio, cospem em cima de mim
Elas não sabem o que é ter algo profundo
Por isto praticam a ingratidão ruim!
Sou o garfo de prata que vira colher
Quando surge uma sopa de letras pequenas
Como prato formo o rosto de uma mulher
Deixando a sopa com estrelas serenas
Do jeito que o poeta sonha e quer!
Sou a famosa xícara do café da manhã
Desejo mais do que um simples “bom dia”
Abraço o doce chocolate quente com hortelã
Porque em mim está escrito uma Poesia!
Sou uma louça que nunca fica vazia
Porque sempre guardo uma surpresa
Afinal sou a secreta louça da Poesia
Que serve o mendigo e até a princesa
Quando sou lavada com lágrimas de donzela
Transformo-me num cristal transparente
Mostrando o arco-íris de uma rima bela
Atrás de um verso livre inocente.
Luciana do Rocio Mallon
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