Usina de Letras
Usina de Letras
298 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Mossunguê ( Corrigida ) -- 01/06/2013 - 12:58 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lenda do Bairro Mossunguê

Há muitos anos atrás, quando Curitiba ainda se chamava Vila Nossa Senhora da Luz havia, numa aldeia, uma índia chamada Mossunguê, que em Tupi-Guaraní significa pipoca saltitante. Esta garota fazia jus ao nome, pois era serelepe e gostava de andar pelas trilhas perigosas da mata.
Um certo dia, Mossunguê saiu para passear nas florestas, mas acabou se perdendo.
Naquele mesmo instante, andava pelas mesmas bandas, Maneco, um ex- tropeiro que desertou do seu grupo,para tornar-se um bandeirante do lado negro da força. Afinal, existiam os bandeirantes bons e os maus. Os cordiais eram desbravadores e temiam a Deus. Já os ruins caçavam escravos, machucavam índios, roubavam pedras preciosas da natureza e faziam parte de uma seita satânica.
O problema é que no meio do caminho, Maneco avistou Mossunguê, pegou o seu pescoço em forma de uma gravata e exclamou:
- Índia, eu sei que há ouro nesta região!
- Diga logo, onde estão as pepitas, senão lhe mato!
A garota disse-lhe:
- Não sei de nada, homem branco.
O rapaz, irritado, cravou uma faca no pescoço da pequena e enterrou seu corpo no mato.
Algum tempo depois, naquela mesma mata, surgiu uma plantação de milho.
Uma certa vez, a índia Jurema, que estava passando pelo local, viu aquele milharal, abriu uma espiga e notou que existiam grãos de ouro puro dentro dela . Desta maneira, a mulher voltou a sua tribo e contou a novidade.
Deste jeito, os outros índios foram descascar as espigas. Porém, naquele exato momento, homens brancos espiavam tudo atrás das árvores.
Assim que os indígenas saíram do local, os forasteiros pegaram as espigas que restaram.
Quando Oscar, o chefe do bando de exploradores chegou a sua casa e abriu uma das espigas notou que tratava-se de milho comum. Revoltado, o homem debulho os grãos com ódio e os jogou numa panela quente. De repente, pipocas começaram a sair dela. Oscar, curioso, provou uma delas e gostou do sabor. Então, ofereceu o quitute aos seus familiares e todos gostaram.
Mesmo assim, este homem chamou mais brancos com o objetivo de invadirem a aldeia e sequestrarem o cacique principal para maiores explicações sobre o estranho milho.
Deste jeito, os meliantes entraram na aldeia, mas raptaram o pajé por engano. No cativeiro, Oscar perguntou ao índio:
- Agora, quero você explique este fenômeno dos milhos que possuem grãos de ouro, mas quando os brancos pegam nas espigas, eles viram grãos comuns.
O indgena explicou:
- Isto é a maldição de Mossunguê, que era uma índia que foi morta por um branco e enterrada naquele local onde se encontra hoje o milharal mágico.
- Como ela era filha de Tupã e todo o filho deste deus, quando morre vira pedra preciosa...
- Aconteceu no que aconteceu...
- O corpo dela transformou-se num milharal, onde os grãos viram pedras de ouro. Porém, somente para os índios.
Reza a lenda que alguns anos depois, aquela região do milharal encantado transformou-se num bairro chamado Mossunguê, localizado na cidade de Curitiba.
Dizem que até hoje, o espírito da índia Mossunguê anda por este bairro, nas noites de Lua Cheia, distribuindo espigas de milho com grãos de ouro para as pessoas que são descendentes de indígenas.
Luciana do Rocio Mallon




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui