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Poesias-->O Poeta e a Cesta -- 30/01/2017 - 12:56 (Luciana do Rocio Mallon) |
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O Poeta e a Cesta
Você me transformou num objeto
Mas, realmente, não me importei
Não sei se você fez do jeito certo
Porém o amor virou a minha lei
Eu virei sua humilde cesta de palha
Onde você colocava seus doces poemas
Não se importando com a sociedade que ralha
Com quem transforma pedras em alfazemas!
Eu abraçava seus poemas coloridos
Que você vendia pelas ruas perigosas
Eu beijava estes papéis atrevidos
Com almas leves e maravilhosas
Suas mãos calejadas recebiam massagens
Do meu espírito num toque de alegria
Assim você realizava as mais divinas viagens
Toda a vez que você escrevia mensagens e poesia
Porém depois você enjoou de mim
Deixando-me abandonada no meio da rua
Mas sempre acreditei no amor sem fim
Por isto tirei forças da luz prateada da Lua!
Depois você preferiu outra cesta
Para vender perfumadas flores
Todo o dia, de segunda à sexta
Sentindo outros tipos de dores
Mas esta outra cesta é uma fantasia
Pois ela teve vários donos e é frágil
Ela se arrebenta com agonia
Não suportando sua alma ágil
Um dia nestas esquinas ardilosas
Você vai me encontrar no meio-fio
Recordando de promessas pomposas
Na brisa da lembrança do arrepio
Desejo ser seu humilde objeto novamente
Uma cesta para seus flores e poemas
Quero ser o colo acolhedor para sua mente
Ajudando a curar suas feridas e problemas.
Luciana do Rocio Mallon
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