257 usuários online |
| |
|
Poesias-->Quando a Neblina Vira "Mé Blina" -- 18/07/2017 - 20:44 (Luciana do Rocio Mallon) |
|
|
| |
Quando a Neblina Vira “Mé Blina”
Em Curitiba, no inverno de julho
A geada cobre a grama de branco
Com soberba e muito orgulho
Apesar de seu jeito franco e brando
Do quarto da minha janela
Não consigo dormir no frio
Porém uma paisagem bela
Forma-se apesar do arrepio
Tento contar lindas ovelhas
E tomar um chocolate quente
Mas no meu peito faltam centelhas
Para o clima ficar fremente e ardente
- Mé, mé, mé , mé, mé, mé, mé
Eu só queria um carinhoso cafuné
Porém tento me esquentar com um café
E uma bolsa quente ao lado do meu pé
Então abro as leves cortinas
Assim vejo que as neblinas
Viram meigos e suaves carneiros
De encantos leves e verdadeiros
Deste jeito, a gelada neblina
Transforma-se em “mé blina”
Pois ela transforma-se em rebanho
Com um canto mágico e estranho
Que esquenta o meu espírito
Fazendo meu corpo adormecer
No cobertor do canto lírico
Até a chegar o amanhecer
A nuvem inconstante e incoerente
Transforma-se em ovelha inocente
O carneiro em forma de bruma
Não quer que a magia suma
Quando a cortina da neblina vira “mé blina”
A geada transforma-se em ovelha na esquina
Assim o cordeiro de Deus
Aquece os sonhos meus.
Luciana do Rocio Mallon
|
|