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Poesias-->EIS O HOMEM -- 26/08/2017 - 02:46 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



EIS O HOMEM

 

 

 

 

Eu te plasmei no ventre da sociedade

 “Surdos, ouvi, cegos, olhai e vede!”

Tal como um mártir, preservei a verdade

E, como um rio, saciei tua sede.



Afastei de tua estrada todo espinho

Para que neles teu pé não pisasse

Postei-me em tua frente como escudo

E, com carinho, beijei-te a  face



Eu te dei voz quando eras mudo

Fui teu ouvido quando eras surdo

Para que ouvisses e falasses

E abri o mar para que passasses



E, por mais que me molhassem,

As lágrimas e suor que derramei

Tuas lágrimas com amor eu enxuguei

Embora as minhas derramassem



O servo amado, a amar veio

Arrastar tamanha dor na cruz

Deixar seu cântaro se partir ao meio

E seu amor se transformar em luz



 “Eu te segurei pela mão e te salvei”

Por te amar eu abracei a cruz

Abri teus olhos cegos à luz

Poupei tua vida, mas a minha não poupei



Fui eu que teus grilhões quebrei

Abrindo uma passagem através do mar

Antes de me amares, eu te amei

E o amor que não me deste, eu te dei



Eu irriguei a terra com meu sangue

E ao mundo entreguei a minha luz

Mas na cabeça puseste-me espinhos

E em minhas costas, uma pesada cruz



Ainda quando estavas no escuro

E quando gemias em prantos

Te ofereci um porto seguro

E a mão te estendi tanto, tanto...



Não me deste o valioso perfume

Do amor, quanto esperei; quanto!

Nem me deste o ouro fino

Deste-me de beber amargo vinho

Eu te dei amor; tanto amor, tanto!



Eu sou o pão e o mel que ofereci

Teu guia, o teu caminho, tua luz

E tu me foste os espinhos, as trevas, a cruz

E a taça de fel que eu bebi.




 




Adalberto Lima


Enviado por Adalberto Lima em 26/08/2017

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