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Poesias-->ÚLTIMA PEÇA -- 29/07/2018 - 12:30 (Nelson de Medeiros Teixeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







ÚLTIMA PEÇA




 





Silencio... Sem aplausos na última cena

De nossa peça, sem ensaios,  desta vida!

Que jamais tu me lamentes, alma querida:

Não chores, não culpes nada, nem sintas pena!



O bardo cessa novamente a cantilena,

Buril que lapidava a dura e árdua lida!

Liras de amor- Poesia-! única saída

No anfiteatro amargo de nosso palco arena!



Cantos de dor, paixão, estrofes dum passado;

Historias sem glórias num corpo amargurado,

Mas que a alma envaidecida teima em editar!



AH! Poeta insano que ri, mas de dor padece...

Que manda ao Céu, serena e reverente prece,

E, ao mesmo tempo chora em grito a blasfemar!



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