Puxa-puxa*
Na porta da minha escola,
Toda cortês e frajola,
Nos vendia puxa-puxa.
Não tinha nem um centavo,
E, com a gula de escravo,
Só olhava as balas. Puxa!...**
* Na época, a moeda era o cruzeiro. Uma embalagem (mágica, é lógico!) custava cinquenta centavos - que eu jamais tinha. Nem por isso morri. Estou presente. Com ternura, conto, em versos, mais essa história de minha infância.
** Brasília, DF, 09/10/2018.
|