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Poesias-->UNI VERSOS POSSÍVEIS -- 04/01/2019 - 05:54 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




E no fim da criação, a última questão:

"Não há um sentido,

tudo ainda deve uma explicação".   



Um dia a natureza terminou sua obra,

o universo,

mas faltava justificar a tarefa,

esclarecer qual o pretexto do engenho.

Então se pensou em tornar efetivo

a existência de um Deus criador

ou muito menos,

criar algo, 

uma forma palpável

e partir para uma metáfora.



Primeiro veio a figura:

o osso Hioide,

no meio do pescoço humano

e sem ligação

com qualquer outro esqueleto.

“O universo é um osso Hioide!” 

Metaforicamente

O hioide é perceptível 

e, no entorno, os músculos.

O universo é detectável

e ao redor a matéria escura do espaço.



Não é por aí, pensaram.

O osso hioide

pode ser mais simples 

sendo ainda mais metafórico.



O hioide é um colar!

Mostra intenções de beleza

ao redor do pescoço.

Então pode revelar isto:

se querem ornar ali,

também há intenções de beleza no universo

e isso antes da invenção dos colares,

antes do cinturão de asteroides,

dos anéis de Saturno.



Mas para que a figura de linguagem? 

O osso apontava propósitos,

mas não uma razão para o inusitado; 

e a consciência

será sempre limitada, impalpável, frágil

diante de eternas leis da Física:

o planeta Terra em órbita descreve uma elipse 

em que o sol ocupa um dos focos.

Isto eles perceberão.



Precisamos mesmo explicar a obra? – indagaram.



Um dia a natureza terminou sua obra,

Então julgaram mais fácil apenas comparar,

deixar um Deus criador

como sugestão humana

mas se apropriar das órbitas: 

o universo descreve como rumo

órbitas elípticas, parabólicas, hiperbólicas

órbitas da vida e da morte

e para quem quisesse

órbitas poéticas. 



Do livro: Adversos e outros momentos






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