Diga-me, agora, onde
eu fracassei
Se cada passo seu é
em minha direção
Ainda que insista em
andar na contramão
Seguirá as
coordenadas que eu indicarei
Será meu logo que for
concebido
Antes mesmo de chegar
ao mundo
E cair nas graças do
casto e do imundo
Por quem será
constantemente ferido
Os olhos de toda dor
te avistarão
E ela te tomará como
amante
Tão passivo quanto
servil
E te fará clamar por
meu nome
Bem como a paz que só
ele entrega
Seja você íntegro ou
vil
Pois é destino de
tudo o que vive
Receber-me de braços
abertos
Sem a opção de me
contestar
E o farão com choro
ou sorriso
Quer procurem
adiantar nosso encontro
Ou, de toda forma, me
afastar.
06 de fevereiro de
2019 |