Será o fim do Carnaval Popular?
Tido como o carnaval mais participativo do mundo, a festividade de Salvador perdeu espaço.
O primeiro passo para esta derrocada foi a invenção de cordas e blocos, segregando e mercantilizando o agito.
As pessoas que queriam brincar com um pouco mais de segurança, teriam que desembolsar uma fábula, que hoje é um verdadeiro despropósito, desembolsar cerca de quatrocentos a oitocentos reais em tempos de Fome zero e desemprego.
Não satisfeito com esta fortuna, os gananciosos empresários, agora apareceram com camarotes caríssimos e arquibancadas, que tem o preço mais módico, porém exerce o mesmo efeito, o de devastação da nossa festa.
Tendo seu espaço restrito a poucos metros de calçada, é apertado pelos “cordeiros”*, ameaçando todos que se aproximam, restando se divertir em zonas limitadas, apertadas em meio à multidão, tentando se divertir se esquivando do cassetete dos policias, que esta época ficam deveras violentos, pois queriam estar ali, aliado ao estresse da jornada, desconta toda sua fúria no inocente, os “malhados”, que não tem outra preocupação de causar muita violência e bagunça e os ladrões que dispõe de um cardápio de estratégias para assaltar foliões e turistas.
Cordeiros= aquele que trabalha na festividade, puxando cordas de Blocos e Trios Elétricos.
Malhados= aqueles que vão à academia de musculação, o ano inteiro, ou próximo ao carnaval, só para espancar as pessoas e causar confusão.
Feliz Carnaval
Marcelo de Oliveira Souza
01/03/2003
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