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Poesias-->NO DENSO BORRÃO VERDE -- 15/05/2023 - 16:29 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NO DENSO BORRÃO VERDE

 

Jan Muá

15 de maio de 2023

 

O abacateiro meu vizinho

viçoso e bonito

está sendo beneficiado pelo sol do meio-dia

que lhe rejuvenesce os ramos

 

A leve agitação da brisa

lhe faz tremeluzir

os ramos

enquanto o abraça aos poucos

em movimentos alternados

 

agora os movimentos da brisa são mais leves

mas sempre cheios de  vida

numa convivência natural

 

a brisa emigrou para outras bandas

e o poeta solitário

passou a ocupar-se da divina poesia

do claro dia iluminado

optando pela contemplação

dos muitos ângulos do painel

que agrega tintas e cores variadas

numa base estável de muita luz

 

ao poeta é oferecida a especificidade da palavra

e ele a irá utilizar como pincel de pintura

e como instrumento perscrutador

apropriado para descobrir núcleos claros

escondidos no denso borrão verde

postado diante de seus olhos

 

na retranca do painel

o poeta conseguirá deslumbrar

uma récua de nuvens brancas

vagarosamente circulantes

na abóbada azul do céu

 

no solo da terra os carros

continuarão trafegando velozes

na corrida insana em dia trabalhoso

 

sobre o Paranoá o deus Apolo mostra um rosto quente e denso

e se distribui pela aquática superfície

onde nadam biguás

 

Na paz da natureza, o poeta recolhe a lira

e retorna aos seres do mundo sua voz natural

para que possam se exibir em sua forma própria

diante dos telúricos mortais.

 

Jan Muá

 

 

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