INQUIETUDES POÉTICAS
Renato Ferraz
Diante de tanta grandeza e espaço,
em meio a imensidão do universo,
nunca me faltaram dúvidas a seu respeito.
Mantidas acesas, essas inquietações
sempre motivaram minha curiosidade,
ao invés de aceitar o que existe, apenas.
Nessa conjuntura, como fica o homem
perante o comboio de corpos celestes
que integra o universo? Eu sempre quis saber.
Além da questão do tempo, que envolve
números de anos fora da nossa realidade,
seja de existência, idade ou do cotidiano.
Perante essas dimensões e distâncias,
sinto-me um pequeno asteroide.
Apesar de chamar a terra de meu mundo,
o termo usual é a respeito do universo.
De todos esses entes universais, temos
afinidades apenas com o sol e a lua.
A terra é só um grão do sistema solar.
Este, que já é de uma grandeza admirável,
com os oito planetas e as estrelas
formam a Via Láctea, nossa galáctea.
Ela e mais uma grande quantidade de
Galáxias completam o universo.
Há um lugar chamado buraco negro.
Portanto, no meio do caminho tem um buraco negro.
Tem um buraco negro no meio do caminho.
Tem um buraco negro!
Mais uma dúvida, o céu que Deus nos prometeu;
no universo, onde ele fica localizado?
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