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Cartas-->Carta do conselho e da saudade -- 14/06/2004 - 13:30 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não foi falta de conselho nem de aviso: eu alertei muitas vezes, chamando a sua atenção para o perigo de entrar de cabeça numa relação(only fools rush in).
Agora, que fazer, é curtir a saudade, é derramar o pranto, é sentir na boca e nos refolhos do coração as sensações amargas da decepção e da desilusão.
Nós não conhecemos as pessoas,nem mesmo aquelas que nos são mais íntimas. Porque existe uma redoma invisível que esconde aquilo que as pessoas possuem de mais verdadeiro: elas mesmas.
Sim, porque nós conhecemos apenas algumas exteriorizações, as mais freqüentes manifestações da personalidade, juso as que se repetem mais amiudadamente, dando-nos a impressão de que as conhecemos bem. De repente, uma reação mais violenta, uma voz mais áspera, um gesto inusitado e, eis a nossa confiança derrapando nas curvas da realidade.
Assim, portanto, você resolveu percorrer o caminho com as plantas dos pés, descartou os conselhos, pisou firme no saibro da estrada e desafiou o mundo para satisfazer a sua consciência. Foi bom. Ninguém será apontado como culpado. A vida é aprendida a cada experiência estrita e pessoal. Não adianta nada dar exemplos. Se existe uma paixão, uma fagulha de amor, é preferível experimentar o desafio e correr todos os riscos. Caso contrário, ficaria o gosto de coisa nunca provada.
Essa história de consultório sentimental não funciona. O amor é todo feito de armadilhas. Falo do amor equivocado, da paixão que cega e retira o poder de discernimento. É mister se envolver, mergulhar de ponta cabeça e ver o resultado.
Agora, cada um para o seu lado e uma enorme saudade no meio para atrabalhar. E vem aquele desejo de estar sonhando, vivendo um pesadelo, a espera de que chegue logo alguém e grite nos chamando, fazendo-nos despertar. Só que os dias prosseguem na sua marcha tresloucada, o calendário lembra as folhas de outono, a lua vai e vem de fase em fase, o sol nasce e se põe multiplicadas vezes e o sonho ruim não acaba. Aí a gente se dá conta de que "entrou numa fria" e que tivemos, infelizmente, uma experiência amorosa que não frutificou, embora tenha sido boa enquanto durou.
Ora, se teve algum momento bom, então os conselhos que se danem, as advertências que vão para bem longe de nós, vamos degustar lenta e solitariamente o saboroso vinho da saudade.

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