Que gafe! Bem, aconteceu, "desentendi" , agora é aceitar o fato...rsss.
Estava lendo de novo suas poesias e tenho uma que fala da infância, também... mas é no site... "cantilenas". É uma época em que estamos cheios de esperanças, cheios de uma vitalidade, de uma coragem de abraçar o mundo e conseguir dominá-lo. O pior é que quase nunca dá certo. Não sei é culpa do destino, se é o fato de sermos meninos(as), ou se somos incapazes de lidar com o mundo( poetas).
Lembra que disse que não escrevia e vc. me inspirou? Bem, fiquei feliz achei que tinha superado o branco cerebral ou negro cortical; creio que voltou.
Estou aqui, sentada, tentando até responder e-mails e não consigo. Palavras me fogem, idéias embaralham-se e só consigo pensar no meu próprio umbigo. Pobreza total, pós-invernal, quando as árvores ficam de vigília à espera do rasgar do ventre e dele então brotar o verde, próxima enxurrada de cores, flores, frutos a nos revelar que a seca não significa morte, apenas um descanso. Talvez seja o que está acontecendo.
Escrevo por instinto... escrevo e esqueço inclusive o nome da poesia ou carta, ou sei lá... que acabou de sair no papel. Nem volto atrás prá corrigir. Guimarães Rosa deve retorcer-se no túmulo...ele e todos os mestres. Afinal o que escrevemos faz diferença. ( Para os que lerem é claro).
Algumas vezes vou no Usina e vejo que há erros ortográficos simplórios... troca de letras, ou falta de. Imperdoável, afinal minha formação ( pós em Port) não me permitiriam deixar passar...Digo a mim mesma, vou corrigir... e estão lá.
Se eu conseguir escrever algo envio a vc. em primeira mão. Esse buraco negro/branco carece de rima, de verso, de estrofe, de conteúdo. De uns tempos para cá, a verve que me punha a escrever sem parar, buscou outras paragens. Onde aportou? Sinto que não faz sentido, escapuliu-me o fazer catártico, e onde achar?
Um grande abraço |