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Artigos-->150. REFLEXOS DA REALIDADE — ROBERTO -- 19/03/2003 - 07:31 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O reflexo de nossa imagem no espelho revela-nos o quanto somos diferentes e semelhantes ao pensamento que fazemos de nós mesmos. Diferentes, no sentido de que almejamos imagem direta, sem distorções, mas o que vemos é o nosso reflexo invertido, ficando o lado direito à esquerda e vice-versa. Semelhantes, no que respeita ao fato de nos vermos sempre com a mesma aparência, de sorte a nunca nos modificarmos significativamente, embora, se nos fosse dado recordar de nossa imagem cineticamente, poderíamos perceber que, de nuança em nuança, o semblante, com o tempo, foi modificando-se para o que é hoje, sem que suspeitássemos de cada mudança, de cada novo detalhe, de uma rugazinha aqui, de uma saliência ou reentrância acolá, e assim por diante.



O mesmo ocorre com o reflexo de nossa alma: se bem observarmos os nossos pensamentos, o nosso modo de agir, as nossas aspirações, a nossa personalidade, enfim, veremos que também ela se apresenta com igual ambivalência, ou seja, uma seria a imagem fiel daquilo que realmente somos, sem distorções, mas mutável e em contínua mudança, desde que nascemos, imperceptivelmente mas com toda a segurança; outra é a imagem distorcida, aquela que se assemelha ao reflexo do espelho, invertida mas com a aparência da realidade — é a imagem que fazemos de nós mesmos, produto de nossa paixão, de nosso desejo, de nossa aspiração. Muitas vezes pensamos estar agindo bem e não percebemos o mal que fazemos; doutras feitas, contrariados, somos capazes de cometimentos que reputamos indignos, mas que fazem bem ao nosso semelhante e a nós mesmos. Por exemplo, o dizer “não” é muito penoso, mas quase sempre necessário.



Esta digressão toda serve para comentarmos a aparência das coisas e a verdade imanente. Sempre que saudamos mais um pôr-do-sol, pensamos: “Amanhã será diferente: vou fazer isto, vou fazer aquilo, serei prudente, estarei atento, providenciarei tantas coisas, recusarei influências más...” e outros quejandos pensamentos que nos fazem capitular diante de nossa maneira de ser.



No momento, entretanto, da ação, quando é chegada a hora da realização em si, obtemperamos, esquecidos das promessas e dos avisos da noite anterior, e voltamos a executar tudo exatamente de acordo com o que vínhamos fazendo, até que, e isto é o importante, algum evento novo, de súbito, nos revele que nosso instinto estava certo, pois muitas vezes somos surpreendidos por algum pequeno reparo de nosso irmão, por leitura casual, por lição oportuna que apanhamos sem muita consciência. Isto ocorre a todo momento, como se fosse ruguinha aqui, contração acolá, e vamos alterando o proceder, ao mesmo tempo que, internamente, a personalidade vai adaptando-se ao novo repertório, de sorte que vai amoldando-se, vai adquirindo nova feição, vai dispondo-se melhor, segundo o influxo dos conceitos que a consciência vai assimilando a cada nova aquisição.



Por isso é importante o ato de refletir a respeito de tudo o que nos ocorre. Se, em lugar de ficarmos prometendo agir de modo novo, ficássemos analisando cada acontecimento, pequenino que seja, que, no transcurso do dia, nos levou a tomar esta ou aquela atitude, iríamos, aos poucos, acostumando-nos a conhecer, cada vez mais argutamente, cada uma das partes constitutivas de nossa personalidade, acabando por saber de modo inequívoco qual é o verdadeiro reflexo de nossa imagem, o que nos possibilitaria operar com segurança, no sentido de encaminhá-la para o Senhor, caso o tenhamos no fundo do coração.



Esse perene exame de nossos atos é muito importante, pois agimos muitas e muitas vezes por impulsos estruturalmente adquiridos junto à sociedade; são atos reflexos, que, produtos culturais, refogem à nossa consideração mais comezinha: só deixamos de cumprimentar tocando a aba do chapéu, quando definitivamente abolimos o uso dele. Esses hábitos e costumes adquiridos por imitação são muito mais profundos do que simples toques no chapéu; são viciações, são elucubrações maldosas, são ruinosos atos de desamor, são malquerenças, são discriminações, são, enfim, mazelas sociais que subliminarmente se acomodam em nossa mente e que devem ser expurgadas uma a uma, mediante o fruto radioso de nossa capacidade de reflexão. Não vamos prosseguir nesta linha de conduta que nos levaria a nada, porque a nossa mente necessita mesmo é de ares novos, de novo sopro de vida.



E onde encontrar esse novo aparato de idéias, de costumes, de hábitos sadios com que orientaríamos o nosso proceder?



No Evangelho, naturalmente, nas lições aprendidas com o divino mestre, nosso amigo Jesus, que fez tudo por nós, para que pudéssemos agir segundo as leis de Deus.



E onde a metodologia para tal aplicação às atitudes de cada momento?



Na Codificação Kardeciana, que elevou o procedimento justo à categoria de ciência, porque elegeu a razão como condutora da fé.



Tenhamos, pois, o descortino de perceber os nossos mais íntimos modos de agir, extirpemos de nós as reações aviltantes, embora muitas admitidas pelo senso comum, e substituamo-las por atitudes conscientemente pautadas nos ensinos de Jesus. Tornemo-nos pessoas de bem para nosso bem e para o progresso da humanidade. Se cada um de nós procedermos no Cristo, conseguiremos realizar na Terra a prometida Canaã e poderemos dispor-nos para seguir viagem rumo à redenção.







Graças a Deus, irmãozinho, que estávamos ficando apreensivos com nossa mensagem. Foram muito sofridos estes momentos, o que se refletiu no texto, que nos parece distorcido como a imagem que vemos no espelho. Queira, pois, refletir sobre ele e colocar cada coisa em seu lugar, cada elemento segundo a concepção do amor divino. Faça-o com o coração limpo e obterá surpreendente resultado, não no que se refere ao texto em si, mas ao que poderá vislumbrar de novo para ser imediatamente aplicado ao seu gesto.



Gratos pela atenção e fique na paz do Senhor! Ouviremos bem recolhidos a orientação do instrutor, não sem antes elevarmos em prece a Deus o coração agradecido.









COMENTÁRIO — MANUEL



Claudicou o querido amigo Roberto na imantação do médium. Esse defeito de integração fluídica, essa defasagem vibratória acabou por prejudicar todo o trabalho, embora se possa ter noção muito próxima do texto preparado para a ocasião.



Não se trata de concepção nova, do ponto de vista doutrinário, mas, sem dúvida alguma, tratou-se de abordagem significativamente audaciosa, a ponto de não sabermos, nós mesmos, até onde chegaria e qual seria a conclusão lógica de toda a argumentação. Surpreendeu-nos o final, quando, inesperadamente, percebemos que as rupturas no texto se resolviam de chofre, no último parágrafo, temerariamente.



Por isso, vemos no Roberto “expert” em textos imaginativos e cheios de vigor. Tem personalidade forte, bem desenvolvida, e imprime às suas mensagens cunho pessoal bem definido. Quem o conhece, quem analisou escritos seus pode perceber que se trata de jovem dinâmico, cheio de viço, que muito terá para desenvolver, aumentando aqui, suprimindo acolá, dando, enfim, ao seu texto características novas, adequando-o paulatinamente no sentido de que venha a refletir com segurança a sua personalidade.



Está sorridente, compreendendo, com muita exatidão, a propriedade do comentário e o seu objetivo maior: orientar para o necessário aperfeiçoamento. Por exemplo, não deixar a seleção da terminologia ao sabor do desiderato do médium. Caso não tenha domínio do vernáculo, que estude mais, freqüente os cursos evangélicos para adquirir os termos técnicos, percorra as obras literárias para obter os conhecimentos lingüísticos, inscreva-se em nossos cursos de conhecimentos gerais, instrua-se, enfim. Mas não deixe abortar essa sua veia, esse seu “modus operandi”, que registra inúmeras qualidades e que deve ser devidamente polido para conseguir os efeitos que sua inteligência arquitetou.



Vá com calma e assegure-se de que o comprimento de ondas esteja de acordo com o receptor; atenda aos princípios dos mecanismos da imantação e proceda com muito amor para atingir as condições que o porão, dentro em breve, no auxílio socorrista, para o qual vem preparando-se. De qualquer sorte, parabéns! Você esteve à altura de seus mestres e soube envergar com bravura a camisa de seu time.



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