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Contos-->Saga alemã: Do começo do mundo -- 16/06/2001 - 16:42 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

















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(Tradução)
Do começo do mundo
Houve um tempo em que nada existia. Não havia areia nem mar, nem oceanos e nem a Terra, nem o céu com suas estrelas. No começo só existia Ginnungagap, bocejante silêncio do Nada.
Então, o espírito de todos os pais criou o Ser, e surgiu no sul de Muspelheim, o país das brasas e do fogo, e no norte de Niflheim, o país da névoa, do frio e da escuridão. Do norte de Niflheim surgiu uma estrondeante fonte que ramificou em doze fluxos logo adiante. Eles emborcaram-se no abismo que separava o norte do sul e congelaram-se.

De Muspelheim, faíscas voaram sobre o gelo, cuja dureza começou a derreter e, por isso, o gigante Ymir descongelou-se. Também, Audhumbla, uma gigantesca vaca, de cujo leite Ymir se nutria. Um dia, Ymir mergulhou-se em profundo sono, depois de tomar bastante leite, e de suas axilas cresceram duas naturezas gigantes, homem e mulher. Ambos tiveram seus sexos originados do congelamento contínuo.
Audhumbla, que não achou grama em nenhuma parte, lambeu blocos de gelo salgado, e sua língua, ao terceiro dia, aparteou do gelo um homem que era forte e formoso, que se chamava Buri. Ele gerou um filho com sua própria força que se chamava Bör. Bör tomou Bestla, a filha do gigante Bölthorn, como sua mulher. Bör procriou três filhos com Bestla: Odin, Wili e We. O deus do sexo dos Ases veio com eles para o mundo.
Odin, Wili e We se despiram para dominar e ganhar a criação. Eles mataram o velho gigante Ymir. A corrente sangüínea das feridas de Ymir inundou o mundo, e todos os gigantes congelados se afogaram. Só um único, Bergelmir, escapou com sua mulher em um barco. Estes dois se tornaram os antepassados dos gigantes posteriores daquela raça.
Os irmãos Odin, Wili e We lançaram o cadáver de Ymir no abismo entre Muspelheim e Niflheim e criaram dele a Terra. Do sangue de Ymir fizeram as águas, as correntes e os mares. Da carne dele foi criado o solo terrestre; dos ossos e dos dentes, as montanhas e as rochas; do seu crânio, o firmamento. Quando os Ases lançaram o cérebro do gigante ao céu, ele foi transformado em nuvens. Os cabelos se converteram em árvores, as sobrancelhas formaram um dique, o Midgard, a região dos seres humanos, frente ao mar e que os gigantes deveriam proteger.


Do brilho do fogo que explodiu da região de Muspelheim, os deuses criaram as estrelas para as quais eles deram nomes, e para cada estrela traçaram uma órbita. A terra era seca e foi cercada pelo mar, e a terra começou a ficar verde.
Quando Odin e seu irmão vagueavam pela orla do mar, eles viram duas árvores na praia, a oliveira e o olmeiro.Odin moldou de uma árvore, da oliveira, o primeiro ser humano, um homem. Do olmeiro, porém, foi criada uma mulher. Odin deu-lhes vida e espírito, Wili acrescentou-lhes compreensão e sentimento, e We deu-lhes os sentidos da face e dos ouvidos, além disso, a linguagem.
Nove reinos criaram os deuses no mundo, três subterrâneos, três terrestres e três celestes.
Nas profundezas da Terra, Niflheim, o país do gelo e dos mortos. Niflhel é o abismo mais fundo, no qual os criminosos e perjuros curtem suas condenações. Schwarzalfenheim é o país dos anões notívagos, que são deformados e tão sórdidos que o que é dito por eles, é melhor não descrever. Eles são habilidosos artistas, forjam jóias caríssimas e espadas afiadas e outras armas. Eles assustam e atormentam as pessoas à noite, porém agradecem também, se alguém os ajuda na suas necessidades.

Sobre a terra está Midgard, que é habitado por seres humanos, e a Terra dos Gigantes, onde ficam casas de congelamento e de maturação dos gigantes. Depois, em Wanenheim, o reino dos deuses do solo e da água, que se chamam de a raça dos Wanen.
No céu, em Muspelheim, o país do fogo, fica o Vale das Luzes, onde os anões da luz vivem, belos na forma e sempre felizes. Eles são os amigos dos humanos. Acima de tudo, porém, está Asgard, que é chamado de o país sagrado dos Ases. Lá, os deuses vivem em doze palácios, que eles construíram para si mesmos. Uma ponte enorme, Bifröst, o arco-íris, conecta terra e céus. Só os deuses podem ultrapassar a ponte que é defendida pelo inteligente Heimdall. Ele tem uma corneta de chifre, uma trompa, chamada Giallar, com que ele chamará os Ases para lutar, no dia do Crepúsculo dos Deuses.
De corpo e do sangue do monumental Ymir, Odin e seus irmãos criaram o mundo. Midgard é chamado de a terra onde os humanos vivem. Niflheim é o império dos mortos. Exatamente no meio do mundo, em Asgard, os deuses dos Ases construíram suas próprias moradas.
Lá reina Odin, o deus mais alto, que as pessoas também chamam de Wodan. Em Walhalla, o maior e mais esplendoroso Halle, que reina sobre o mundo e sobre o ser humano. Em seus ombros, dois corvos: Hugin, o pensamento, e Munin, a memória, que voa diariamente em segredo, sussurrando-lhe na orelha, o que ela viu e ouviu.

Em noites sagradas, Odin surge das copas das árvores com sua comitiva, todos montados em corcéis brancos, em selvagem caça, sob intensa tempestade. Freqüentemente, ele se transforma em ser humano, tendo um casaco azul semeado de estrelas sobre os ombros e um chapéu de aba larga, terra abaixo, para mostrar a sua compaixão pelos mortais, ajudá-los e por à prova a hospitalidade destes.
Eles ficaram gostando muito delas.
No tumulto da batalha, ele traz armas de fogo e uma lança poderosíssima. Ele não participa da luta, mas, cavalga com seu esbelto corcel de oito patas, Sleipnir, sobre Walstatt e marca com sua lança os homens que ele decidiu sacrificar. As valquírias, belas jovens no campo de batalha, de beleza exuberante, acompanham-no e levam as vítimas nos dorsos dos seus corcéis ígneos para o alto de Walhalla.


Thor, filho de Odin, que também é chamado Donar, é o poderoso deus do trovão. Ele ajuda deuses e pessoas e dedica especial cuidado aos mais fracos; ele tem força maior que as de ventos, ondas, raios e trovões. No carro com rodas, puxado através de corço, ele viaja pelas nuvens onde, certeiro, Mjölnir, o martelo, depois de lançado, volta às suas mãos. Também, como todo deus, ele não é adorado pelas pessoas em templos, mas em Hainen. Das árvores, o carvalho é sagrado contra a força dos ventos.

Entre as deusas, Frigga é cônjuge de Odin, que divide o trono em Asgard com Walvater, a rainha dos deuses e das pessoas; é admirada como benigna mulher que cuida das pessoas como protetora do matrimônio e, no trabalho doméstico, ela atua abençoando as crianças. O carro, no qual ela viaja pelo país, é puxado por gatos. Estes e outros animais domésticos, como a andorinha, a cegonha e o adivinho cuco, são por ela consagrados.

Doações de bênçãos e luz espalha Baldur, o deus do sol da primavera, que luta pelo Bem e pela Justiça sobre a Terra. Seu irmão é o cego Hödur, o deus do inverno, da escuridão e do frio. Ninguém o ama e, em todos lugares onde ele pode prevalecer, sufoca a vida.

O irmão de Odin, Loki, o deus do fogo, que devora cadáveres, mostra aberta e inconstante sensação maliciosa e vive nos Ases, aliado aos gigantes que vivem no rude país do norte, esforçando-se para perturbar a paz no mundo; O lobo Fenris e a serpente Midgard são as crianças terríveis de Loki.

Uma velha verdade dos Ases prediz que o lobo Fenris provocará sua queda. Então, astutamente, os deuses amarrarão o bruto a uma rocha do mar e catracarão sua garganta com uma espada. Com um aspecto terrificante, o lobo uivará de dor e de fúria. Porém, no dia do Crepúsculo dos Deuses, ele se livrará e lutará contra os Ases, bem como contra a serpente Midgard que descansa no fundo do mar e que envolve toda a terra com seu corpo.

No meio de Asgard, fica Yggdrasil, a perene oliveira que com sua coroa adere ao céu, com suas hastes se esparrama por todas as partes do mundo e, com suas raízes, cobre todo o Hel, o reino dos seres. No Bemurd, onde fica a oliveira, vivem os Nornen. Eles se chamam Urd, Werdandi e Skuld e conhecem o destino de todos os deuses e todos os seres humanos.
E ninguém é mais sábio que Odin, pois ele tem a habilidade de conhecer o tecido do futuro, peça por peça.
Yggdrasil nem sempre ficará verde, porque Nidhogg, o dragão, rói suas raízes e um certo dia virá, em que a oliveira murchará. Então, acontece Ragnarök, o dia do Crepúsculo dos Deuses, sobre Asgard; o lobo Fenris livra-se das suas correntes, a serpente Midgard aflora do mar, e os gigantes vêm. Deuses e heróis se unem para a derradeira luta. Então Asgard e Midgard morrerão, e todas as vidas se esvairão.

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