Como sempre acontece, você pôs o dedo no cerne da questão.
Dentre outros problemas graves, até mesmo estruturais, de que nosso Brasli sofre
de forma crônica, destaca-se, embora negativamente, esse que você ora aborda.
Já de há muitos anos, eu costumava dizer, quando se falava no subdesenvolvimento
nacional, que, enquanto houver futebo, carnaval e cerveja, esse país não dá um
passo à frente.
Como incorrigível líder de estatísicas negativas que é, o Brasil não só detém um
dos maiores índices de ingestão de bebidas alcoólicas do mundo, como também, e
em decorrência deste, um dos maiores índices de mortes por acidentes de
trânsito. Acrescente-se, ainda, aquilo que nenhuma autoridade divulga, mas é
estarrecedor: a quantidade de homicídios (é isso mesmo, eu disse homicídios) em
função da ingestão de álcool é algo absurdo.
O pior de tudo isso é que, cvomo você bem explicitou em seu artigo, nada se faz
com vistas a desestimular o consumo do álcool. Pelo contrário, até a cachaça,
que em áureos tempos já fora vista como um sinal de mau comportamento e até de
degradação moral, hoje passa por um glorioso período, havendo mesmo, na
atualidade, uma verdadeira apologia a essa bebida, naturalemente face ao retorno
econômico que sua exportação ocasiona.
É lamentável, amigo, mas esse é o nosso Brasil.
Mais uma vez, brilhante o seu artigo.
Parabéns!
Um grande abraço,
Mario.
Olá, Mário!
Como sempre participando dos meus artigos com belíssimos comentários. A sociedade de hoje apresenta um estereótipo de que quem fuma, bebe, se tatua, é uma pessoa irreverente e de largos horizontes... Sobre a questão da bebida, observemos que nos bares é onde acontece o maior número de tragédia, sem falar de quantos maridos bêbados chegam em casa aprontando, colocando suas frustrações etílicas para fora, encima do mais fraco.
Felicidades,
Marcelo de Oliveira Souza |