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Artigos-->167. VISITA DE AMIGO — RODOLFO -- 05/04/2003 - 07:05 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quero só deixar registrada minha satisfação por ter encontrado o amigo trabalhando na psicografia. Sabia que era dotado de mediunidade desde que nós convivíamos, enquanto eu era encarnado, embora jamais referisse o fato ao companheiro de folguedos.



Isso mesmo, é o seu amigo Rodolfo que veio visitá-lo. Como está, amigão? Vamos jogar mais um pouco de futebol ou vamos sair hoje à noite para um cineminha?



Fiquei muito comovido quando soube de seus sentimentos quando de meu passamento. Também o Roberto e o Marcos sentiram muito. Eu os tenho visitado mais freqüentemente, mas as suas vidas estão fortemente impregnadas de materialismo para poderem agasalhar-me como você está fazendo.



Tenho ao meu lado a companhia de minha querida mãe, que lhe manda agradecer a força que lhe deu em ocasião de grande infortúnio.



Não sabemos o que esperar para o futuro e, por isso, engajamo-nos em turma que presta assistência aos mutilados da guerra do trânsito. Você não imagina como são tantos os desesperados que chegam aqui em estado de choque, por se terem perdido na ânsia da velocidade, como se a vida pudesse ser fruída toda em um único instante de frenesi.



Quase todos são jovens, o que me lembra a minha partida. Mas isto faz mais de trinta anos e pude recuperar-me totalmente da dor que trouxe no peito, pois morri de problema pulmonar. Estou plenamente recuperado e sou capaz de discorrer a respeito de muitos temas importantes de evangelização, embora não me atreva a aparecer em público, pois tenho imensa vergonha de poder estar incorrendo em erro.



Gostaria de deixar o meu abraço saudoso do nosso tempo de juventude e dizer de minha alegria por ter superado uma dificuldade ao instalar-me junto ao amigo, que, sabia de antemão, iria receber-me e possibilitar-me transmitir mensagem para que me desiniba e venha a participar de mais trabalhos, no sentido de me fazer sentir e dar o meu recadinho.



Não se afaste ainda, pois pretendo analisar problema de ordem afetiva que me está perturbando desde a época em que estive encarnado. Não sei se você está lembrado que fiquei internado em hospital uma outra vez, anteriormente. Pois bem, lá conheci enfermeira com quem mantive relacionamento muito íntimo e a quem fiquei indelevelmente preso depois que parti para este plano. Queria perguntar aos irmãos mentores desta casa se o meu problema se deu dentro de minha consciência culpada, por não ter assegurado qualquer compromisso sério, ou se foi por não ter percebido que tudo não passara para ela de brincadeira.



No aguardo de esclarecimento, ponho-me à disposição do amigo para os meus préstimos socorristas sempre que invocado. Adeus, meu caro; fique com Deus e receba os parabéns e os agradecimentos deste seu companheiro de tantos momentos alegres bem como os de minha mãezinha, que tão boas recordações guarda de nossa juventude.









COMENTÁRIO — MANUEL



A perquirição do colega já obteve resposta. Preferimos omiti-la no que tange a seu caráter pessoal, mas vamos esclarecer o tema, como se fosse de caráter geral, ou seja, naquilo que possa referir-se a qualquer um de nós em análogas circunstâncias.



O problema a que se refere em sua pergunta incrusta-se nos de ordem emocional, particularmente no âmbito da sexualidade. Encontros fortuitos entre jovens que experimentam o prazer da carne são admissíveis como tentativas de relacionamento entre seres de sexos diversos. Esses encontros, que não trazem a marca de serem os primeiros para ambos os envolvidos, asseguram a cada um dos participantes rigidez emocional suficiente para manter o equilíbrio psicossomático, de sorte que não devem representar mais do que experimento no extenso rol de atividades em que cada ser humano irá testar-se ao longo da vida.



Quando há interesse de um deles, não correspondido pelo outro, que não deu maior importância ao encontro, tendo em vista todo um arcabouço mental e emocional que não se deixou impressionar pelo parceiro, é comum ter-se certa frustração de expectativas, sem maiores conseqüências. Neste momento, no caso do seu amigo, se deu o desencarne, quando ainda não refeito das rupturas emocionais que a figura feminina lhe tinha aberto no coração e que não estavam devidamente cicatrizadas. Por isso, trouxe para este plano impressão de vazio, que o atormentava bem no fundo da consciência, pois pensava que havia agido mal naquela circunstância.



Não importam os componentes emotivos que foram como que imantados para que ficassem longamente presos à sensação de culpabilidade. O que nos interessa informar é que havia antecedentes no mesmo campo, que forcejaram para que o fato se consubstanciasse e pudesse ser espécie de tormento psicológico.



Agora que o amigo Rodolfo está consciente das causas que provocaram a reação espiritual de que se queixou, irá providenciar para que o problema venha a se convenientemente tratado, segundo as prescrições que lhe serão feitas pelos orientadores presentes.







Sem mais, vamos deixá-lo entregue aos afazeres domésticos, agradecendo-lhe o profícuo trabalho desta tarde. Já que insiste, devemos dizer que o transporte se realizou com alguma dificuldade ambiental, mas o que tínhamos para deixar ao seu encargo foi total e satisfatoriamente concluído.



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