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Cartas-->A voz dos ventos -- 28/09/2004 - 16:13 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A voz dos ventos...tão poético e tão verdadeiro isso pra mim...hoje ao caminhar pela rua senti um vento tão gostoso balançar meus cabelos, ele parecia estar fazendo carinho na minha pele, mas também trouxe em suas asas uma mensagem...um pensamento súbito invadiu os descaminhos do meu pensar, mudou o meu rumo, bagunçou o ritmo dos meus passos sempre tão rápidos e ágeis na direção de casa e no fundo do meu peito meu coração disparou... “O que é ser um verdadeiro vencedor”?
A voz dos ventos só sussurrou isso no meu ouvido e foi o suficiente para me tirar do eixo, para me fazer perder pela cidade e ir numa direção qualquer...meus passos foram retrocedidos, tornou tempestuosa a minha alma até então tão serena...eu olhava para os lados e me sentia num baile medieval de carnaval...eu e todos estávamos usando máscaras...fecha-se um ciclo na minha vida e em outro estou sendo lançado...escutar a voz dos ventos é como decifrar signos sem ser fluente em sua língua.
O vento agora soprava na mesma direção do meu caminhar , eu já não sabia onde estava indo...olhava para os lados e via todos arrastando correntes, uma enorme e pesada corrente que aprisionava a todos nós, que nos ligava um aos outros, senti que todos somos prisioneiros da mesma prisão...passo por um muro branco e vejo tanta gente escondida atrás dele pensando ser um local seguro, como se ficar ali garantisse a chance de existência no futuro.
Sentado no banco de uma praça perto do fim do mundo, eu vi o dia se vestir de noite só num segundo e em seus últimos momentos me prometer um amanhã melhor...mas o que será ser um verdadeiro vencedor? Se o dia não me contou, quem sabe a noite saiba...
Quem sabe para ser um verdadeiro vencedor, seja preciso aprender a ver de verdade, porque todos nós somos cegos já que só olhamos para aquilo que nos interessa e tantas outras visões são desperdiçadas, quem sabe seja sentir o sangue fervendo nas veias de tanto amar a própria vida, quem sabe não seja estar sempre atento aos rumos que a sua existência toma e corrigir o curso com coragem quando for preciso.
Agora voltando para casa com o vento a inflar as velas do meu veleiro imaginário já me vejo avô com meus netos me perguntando quem eu fui...a voz dos ventos...já vejo os meus filhos sentados a minha volta olhando nos meus olhos e amando o pai que eles tem...já posso me ver aos 92 anos sentando na varanda de uma casa a beira de um lago e sentindo a voz dos ventos me dizer...“você foi um verdadeiro vencedor”..e fecho os meus olhos feliz pela última vez.
http://andre.aquino12.blog.uol.com.br
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