Eu não tenho como deixar isso passar , quero falar um pouquinho mais de Lucas Vezzaro...depois que li num jornal do Rio Grande do Sul(enviado por uma amiga) que Lucas morreu tentando salvar a menina que gostava, uma paixão pueril eu sei, mas ainda assim um amor sublime como todos os amores o são...e eu ontem em minha intensidade em escrever e sentir as coisas com todo meu ser, acabei escrevendo uma frase... “ a juventude é um lugar para se amar até as últimas conseqüências”..assim Lucas morreu tentando salvar Adriane o amor de sua vida tão breve.
Nessa história ainda existem mais personagens maravilhosos e tão anjos quanto Lucas...
O operador de máquinas Valdecir Antonio dos Santos, com 36 anos, tão pronto o ônibus o ônibus caiu na água largou tudo que fazia e correu desesperado para salvar vidas e com a ajuda de outras pessoas salvou cinco crianças que estavam no ônibus ou se debatiam fora dele sem saber nadar.
O adolescente Mateus(mais um com o nome de apóstolo de Jesus) estava no ônibus entre os outros alunos. Conseguiu escapar por uma janela, nadou até a margem, mas lá percebeu que as outras crianças lutavam para sair do veículo submerso.
Tirou a roupa depressa, desvencilhou-se do aparelho dentário e mergulhou novamente na água, indo até o ônibus e resgatando de dentro e fora dele, quatro colegas que não sabiam nadar.
Pelas minhas contas 12 vidas foram salvas pelo heroísmo de pessoas maravilhosas(amo essa palavra, lembra-me o mar, ah mar!!!!), 3 por Lucas, 4 de Mateus e 5 de Valdecir.
Lucas em seu sonho lindo e infantil(ainda me lembro de todos os meus) dizia que queria se casar com Adriane quando ficasse “Grande”..como cala fundo em mim essa história...imagem triste....Lucas morrendo abraçado ao seu amor que tanto queria salvar...e quantos significados há...quantos...talvez incontáveis, talvez eu passe minha vida inteira pensando nisso.
Agora me afasto, vou para algum lugar no mundo de trás de meus olhos(pequenos olhos castanhos) e deixo as palavras da mãe, ainda tão jovem,33 anos(idade de cristo), Gleci Vezzaro:
“Minha última conversa com ele, naquela manhã, foi ter perguntado porque ele precisava de dinheiro. Ele disse eu vou ficar no colégio até mais tarde fazendo um trabalho. R$ 5 dá . Eu dei o dinheiro pra ele, que disse tchau, mãe; tchau, pai ".
“Ele era muito bom em Matemática, queria cursar Administração de Empresas. Ele dizia que ia trabalhar porque eu já tinha trabalhado muito por ele”.
“Ele fazia lá as bagunças deles com os amigos, mas nunca deu trabalho. As meninas que ele salvou me disseram que ele foi o anjo delas. Pra mim, ele é meu anjinho.”
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