Como diz aquela canção: "isso aqui oh, oh! É um pouquinho de Brasil, iá, iá..."
Chegamos! Estamos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães - MT (a 1.700 Km de Sampa ou a 70 Km de Cuiabá - MT). A cidadezinha é simples, com poucos hotéis, pousadas, feirinhas de artesanato. Suas maiores atrações são o festival de inverno e de São Francisco de Assis, quando realmente torna-se um formigueiro humano.
Mas vamos falar do verdadeiro Olimpo com 33.000 hectares de pura beleza: suas cachoeiras são apaixonantes como a véu de noiva (86 m de queda), a das andorinhas, sonrisal, salgadeira, além de formações rochosas como a casa de pedra, o morro de São Jerônimo (1.100 m de altura), cogumelo de pedra, e o portão do inferno, que segundo o guia "era o desfiladeiro de onde jogavam-se os criminosos vivos das penitenciárias de Cuiabá".
No segundo dia, alugamos um Jeep para enfretar as estradas precárias, além das longas e gratificantes caminhadas sobre a vegetação de cerado. Do mirante da Geodésia (centro geodésico da América Latina) avistamos a bela Borda da Chapada com seus infinitos paredões.
Já pelas estradas de terra tínhamos sempre uma companhia diferente. Num dia era o tamanduá-bandeira; noutro, a ema ou o lobo guará; além duma infinidade de aves como araras, tucanos, gavião-real, papagaios, urubu-rei, galo-do-campo etc.
A lagoa azul, rica em calcário, com água cristalina toca no fundo d alma. Aos mais corajosos, vale a pena adentrar pela escuridão da caverna Morada das Almas (aquela da novela Fera Ferida) onde há também um riacho. Na cidade de pedra, canyon da chapada, nos sentimos como formiguinhas, tamanha é a imponência da natureza, com muitas flores amarelas. Não notamos qualquer processo grave de degradação, a não ser pelas latas de cerveja jogadas ao longo das trilhas que percorremos.
É isso aí, fui, vi e adorei, e quando puder retornarei porque vale a pena.
Rimarquesz
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