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Erotico-->REMINISCÊNCIAS 15: CORNÉLIO, O PREDESTINADO -- 28/01/2007 - 14:50 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REMINISCÊNCIAS 15: CORNÉLIO, O PREDESTINADO

Quando matriculou-se no nosso colégio, Cornélio já começou a sofrer as conseqüências do nome logo no primeiro dia de aula.
Ele não tinha culpa do nome que o pai havia escolhido para ele, mas sofreu pra caramba.
Lá pelo segundo grau, ele arranjou uma namorada, Marly.
Ah, como ele estava feliz! Mesmo com as gozações, ele não perdia a pose. Tomou um ar de homem maduro, era gentil, cavalheiro.
No dia dos namorados, costumava levar flores para Marly. Ela ficava lisonjeada e olhava para as outras com o nariz empinado.
Cornélio era estudioso, um dos primeiros alunos da classe.
Marly não era muito chegada ao estudo, todavia, Cornélio fez um tremendo esforço para ensiná-la e ela conseguiu tirar 10 no exame de matemática.
Aprovada em todas as matérias, Marly mandou Cornélio catar coquinhos e foi namorar o Carlos, um atleta parrudo e campeão de judô.
Cornélio sofreu muito, sentiu-se usado, traído. Triste sina!
Na faculdade, Cornélio conheceu Bartira, namorou por algum tempo e acabou ficando noivo, com a desaprovação dos pais dele.
Bartira era muito extrovertida, não combinava com o temperamento introvertido de Cornélio, mas ele achava que era feliz.
Certa noite, Cornélio foi levar Bartira em casa, pois ela insistira que precisava chegar às 22 horas.
Cornélio chegou a pensar: “Podem falar à vontade. Bartira é moça direita, do contrário, não se recolheria tão cedo”.
Deixou a moça em casa e, ao dobrar a esquina, para seu azar, percebeu que o pneu do carro estava furado.
Desligou o carro e desceu para pegar o estepe. Como da esquina onde estava podia ver a porta da casa de Bartira, para sua surpresa, viu que um carro estacionou e Bartira abriu a porta com uma roupa decotada. Sorridente, entrou no carro, deu um tremendo beijo no motorista e saiu.
Cornélio percebeu logo a sua sina, mas não se abalou.
No dia seguinte, comprou uma filmadora e guardou dentro do carro.
Depois de um jantar, levou Bartira até em casa e estacionou o carro na volta da esquina e ficou de tocaia com a câmera pronta para ser acionada.
Filmou o carro, Bartira entrando no carro, na boate, no motel, voltando para casa, beijando o motorista, a marca e a placa do carro.
Ajudado por um amigo, editou o filme com música e legendas e fez algumas cópias.
Convidou os futuros sogros e Bartira e toda a sua família para um almoço, onde iriam acertar os detalhes do casamento.
Comeram, beberam, festejaram, confraternizaram, acertaram detalhes, convites, convidados, locais, locações.
Todos satisfeitos, tudo acertado, anunciou que gostaria que todos fossem até a sala pois ele tinha um filme para mostrar.
Sentaram-se todos, pipoca para todo mundo, começou o filme.
Os pais de Bartira e ela própria foram mudando de cor e afundando nas poltronas. Nem esperaram o final. Pediram desculpas, despediram-se rapidamente e sumiram da vida de Cornélio.
Dois anos depois, já refeito do baque, Cornélio conheceu Cassandra.
Traumatizado, tomava todos os cuidados para ter certeza de que Cassandra não o traía. De fato, enquanto noiva isso não aconteceu.
Casaram, tiveram dois filhos e, para Cornélio, a vida corria normalmente.
Em uma confraternização com amigos, dois deles deram-lhe uma pista, de maneira discreta.
Cornélio não entendeu ou achou que era uma brincadeira.
Passado algum tempo, os amigos esperaram-no na frente de casa, combinaram que ele deveria deixar o carro na outra rua e voltar com eles para a frente de sua própria casa.
Meia hora depois, chegou um carro branco e deu uma buzinadinha. Cassandra saiu de casa bem arrumada, entrou no carro e dirigiu-se para um motel.
Cornélio fez questão de esperar os dois saírem. Ficou na porta do motel, do lado de fora do carro.
Os amigos também saíram porque ficaram apreensivos com a sua possível reação.
O carro saiu e Cassandra arregalou os olhos surpresa.
O motorista, também surpreso, acelerou o carro para deixar Cassandra o mais rápido possível em casa.
Quando Cornélio chegou, juntamente com os amigos, não precisou falar mais nada. Cassandra já estava de malas prontas e esperando um táxi para ir para a casa dos seus familiares, deixando os filhos.
A separação foi amigável e rápida.
Cornélio teve que se virar para cuidar das duas crianças.Conseguiu.
A filha terminou a faculdade e está noiva. O filho segue carreira militar.


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