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Erotico-->REMINISCÊNCIAS 24: O BARRANQUEADOR -- 12/02/2007 - 11:01 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REMINISCÊNCIAS 24: O BARRANQUEADOR


No furor da adolescência, Claudiomiro sentia o corpo sofrer modificações e apresentar reações que não conseguia satisfazer adequadamente.
Manifestou essa situação para os peões da estância do seu pai e eles lhe sugeriram uma barranqueada de égua – a forma mais popular de compensar a falta de mulher na campanha.
Claudiomiro achou esquisito, porém, como as reações físicas se agravavam e ele não tinha namorada e, se tivesse, só poderia dar vazão às suas necessidades físicas mediante o casamento, não teve outra alternativa.
Tomou coragem e pediu ao peão mais experiente que o ensinasse a barranquear a égua.
Assim, durante o final de semana, foi levado até o barranco, posicionou a égua, mas não conseguiu dar andamento ao processo. Ficou envergonhado, desconfortável, e o peão mesmo pedindo que ele se acalmasse, relaxasse, não deixou escapar uma gaitada.
No mesmo dia, já era foco de comentários e gozações da peonada.
Ficou algum tempo frustrado. “Como é que os peões conseguiam e ele não?” – perguntava-se.
Durante as aulas, conheceu Dorotéia. Ela tinha glúteos bem durinhos e torneados, coxas grossas, mamas apetitosas, boca carnuda, e ficou interessado.
Em junho, participaram das festas de São João, dançaram quadrilha, trocaram olhares e começaram a namorar.
A cada beijo, a cada abraço, ficava difícil resistir à tentação. Mas Dorotéia deixava claro que havia limite para beijos e amassos. Se quisesse mais, só casando.
A coisa ficou preta e Claudiomiro começou a dar sinais de subir pelas paredes.
Quando visitava Dorotéia, tinha que disfarçar o colo de vez em quando com uma almofada ou arranjar uma desculpa para ir ao banheiro. Não estava agüentando mais!
Voltando à estância, conversou com Gumercindo, o peão mais velho, e pediu conselhos sobre a barranqueada.
Gumercindo foi mais didático. Sugeriu que Claudiomiro tomasse um banho relaxante, lavasse a égua com jeitinho, e a levasse para o barranco, pensasse na namorada, que a coisa aconteceria naturalmente. Foi o que aconteceu!
Desse dia em diante, Claudiomiro conseguiu unir o útil ao agradável. Namorar Dorotéia e satisfazer-se com a égua pensando nela.
Quando o namoro engrenou, os pais de Claudiomiro convidaram os pais de Dorotéia para passarem um final de semana na fazenda.
O clima bucólico, o silêncio quebrado pelas lufadas de vento, o clima romântico para passear pelo campo, a liberdade para tomar banho no riacho, tudo isso foi fazendo o sangue de Claudiomiro entrar em ebulição.
Um simples olhar, um sorriso de Dorotéia, um toque, era o gatilho para ele armar a barraca e ter que sair de fininho para tomar banho frio ou beber um copo de água para desviar o pensamento.
Após o almoço, aproveitou que os convidados foram sestear, encilhou a égua e dirigiu-se para o barranco.
Conseguiu extravasar seu desejo incontrolável por Dorotéia, mas percebeu que a égua ficou alçada, o que significava que já tinha tomado jeito para a coisa que até a égua começava a gostar.
Ficou preocupado porque, se chegasse com a égua alçada, todo mundo ficaria sabendo que ela havia sido barranqueada.
O jeito que encontrou foi fazê-la correr pelo campo, dar-lhe um cansaço, para sossegar o facho.
Voltou, deu um banho na égua para retirar o suor, tomou um banho e foi sestear.
Acordou com o pai resmungando indignado que foi encilhar a égua para Dorotéia passear e ela estava tão cansada que mal se mantinha em pé.
Havia perguntado aos peões se algum deles havia saído com ela, mas eles estavam sesteando também.
Se ela continuasse assim, teria que chamar um veterinário para examiná-la.
Claudiomiro ouvia e fingia-se de desentendido. Precisava tomar mais cuidado da próxima vez.
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