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Erotico-->REMINISCÊNCIAS 26: PORCONCELOS -- 13/02/2007 - 14:20 (Paccelli José Maracci Zahler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REMINISCÊNCIAS 26: PORCONCELOS

O apelido era estranho, mas era assim que todos no colégio conheciam o Vasconcelos, também conhecido como Porquinho ou Porconcelos.
É de admirar quem coloca apelido nos outros. Pois não é que ele parecia um porquinho. Era gordinho, baixinho, roliço, e seu pai tinha uma granja de criação de porcos.
Vasconcelos não gostava do apelido e volta e meia estava envolvido em alguma briga na hora do recreio.
Ele era um dos mais velhos da turma. Já tinha repetido de ano umas duas vezes e isso lhe trazia uma frustração muito grande. Somada ao apelido, então...
Ser um dos mais velhos da turma tinha lá suas vantagens. Era o mais avançadinho em matéria de sexualidade. De vez em quando, trazia fotos antigas de mulheres nuas para nos mostrar, outras vezes, revistas pornográficas que eram vistas em rodinhas escondidas no fundo do pátio do colégio, longe das vistas dos padres.
Se alguém fosse pego com o material, além de ficar de castigo naquele dia e ser suspenso por mais três, teria uma anotação na caderneta de presença e os pais eram chamados para uma conversa. A reincidência resultava em expulsão sumária do colégio.
Quando começamos a estudar a reprodução humana, nosso livro de Ciências trazia cortes longitudinais dos órgãos reprodutores, que acompanhávamos com curiosidade.
No livro de Vasconcelos, havia desenhos pornográficos de membros masculinos dentro de vaginas ou de vaginas escancaradas, que eram escondidas rapidamente quando o professor passava perto dele.
Em uma das aulas, o professor nos reuniu em grupos para discutirmos o tema da reprodução humana. Um momento raro porque os demais professores de Ciências nunca haviam tocado no assunto que, nos anos 1970, era tabu. Tanto que protelavam o assunto até o ano terminar e nunca dava tempo de chegar àquele capítulo.
Durante a discussão, longe das vistas do professor que estava ocupado com outros grupos, Vasconcelos nos confidenciou que mantinha relações sexuais com as porcas criadas na granja do seu pai.
Todos ficaram embasbacados: “Que nojo!”
- Que nada! É bom – dizia Vasconcelos – elas ficam fazendo vaivém depois que a gente encaixa. A gente nem precisa se mexer. O único problema é que, se fizermos isso com freqüência, elas acabam se apaixonando e perseguindo a gente.
Ficamos impressionados, chocados, e de queixo caído, afinal, éramos púberes e não entendíamos direito essas coisas. Mas encontramos a explicação para o apelido de Vasconcelos, o Porquinho, o Porconcelos.

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