Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62069 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50476)

Humor (20015)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6162)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A nona elegia, de Rilke. -- 05/08/2001 - 11:36 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
























................................................................................................................................................................................





Por quê, se é possível, então, levar o prolongamento da vida, como a do loureiro,

Um pouco mais pálida que todas as outras

Verdes, com pequenas ondas em cada borda da folha

(como uma risada de vento) —: por quê, então,

Ter que ser humano — e, evitando o destino,

Sentir saudades do fatal?



Oh, não, porque é sorte,

Desta afoita vantagem de uma próxima perda.

Não por curiosidade, ou por exercício de coração,

Ocorreria tal coisa, também, no loureiro...



Mas, porque estar aqui vale muito, e porque

Tudo que nos é aparente a natureza precisa descolorir,

O que, particularmente, nos diz respeito. A nós, os descorandos.

Um de cada vez, só uma vez. Uma vez e não mais.

E nós também uma. Nunca mais. Mas este

Ter sido uma vez, se, também, somente uma vez :

Ter sido mortal, parece irrevogável.

E, então, nos estimulamos e queremos realizar isso,

Queremos contê-lo em nossas simplórias mãos,

Contemplando-o todo, sem palpitações.



Queremos ser ele. — Para dá-lo a quem? Melhor

Nada perder de vista para sempre... Oh, para o outro lado

Minha Nossa Senhora, o que se pode levar? Não a visão

Que aqui

Lento aprendemos, e nada do que aqui aconteceu. Nada.

Nem dores. Principalmente, também, os nós para estar,

Nem o amor, longa experiência,— nem

o sincero indescritível. Porém, mais tarde,

Sob as estrelas, o que é isso: elas são melhor inefáveis.

Menos, também, tira o caminheiro, das encostas da serra



Um punhado de terra do vale , ela que é o todo indescritível,

[Mas,

Uma palavra lapidada, pura, a amarela e azul

Genciana. Talvez, estamos aqui para dizer: casa,

Ponte, fonte, portão, jarro, árvore frutífera, janela,—

No máximo, coluna, torre... mas, para dizer, entende-se,

Será que vale dizer assim, como a própria realidade jamais,

Em seu íntimo, pensou ser. Não é astúcia natural

Desta discreta terra, quando ela estimula os amantes



A se encantarem pelos recíprocos sentimentos ?

Limiar: o que é isso para dois amantes,

Além da própria velha soleira da porta



Que eles, também, desgastam de leve

Depois de muitos e antes de futuros outros.

Aqui está o tempo do descritível, em seu ambiente natural.

Fale e professe. Mais que nunca

Reduzem a realidade ali, as vivências, pois,

O que elas reprimindo restabelecem, é um fazer sem idéia.

Cozer a massa que irrompe dócil , tão logo

Por si mesma cresce e se limita em outra forma.

Nosso coraçâo se revela pelas batidas

Na língua, no entanto,

Entre os dentes,

Fica o elogio.

O mundo louva o anjo, não o indescritível,

A ele não deves revelar teu esplêndido sentir.; no Universo,

Onde ele sente o mais sensível, tu és desprezível

Mostre-lhe o simples que se forma de geração em geração,

Vivendo como nosso, perto das mãos e dos olhos.

Diga-lhe do real. Ele ficará pasmado, como tu ficaste

Com o cordoeiro em Roma, ou com o oleiro do Nilo.

Mostre-lhe quão propício o real pode ser, quão inocente e nosso,



Como termina em forma pura o lamentar-se um sofrimento

Serve como coisa ou morre como coisa — e para o Além

Escapa feliz do violino — E estas coisas que partem

Compreendem a realidade viva que tu enalteces.; efêmeras,

De fato, elas nos libertam, a nós, os mais efêmeros.

Querem que as reduzamos todas ao invisível coração

— oh, infinitamente — a nós! Quaisquer que sejamos, afinal.

Terra, não é isso que você quer: renascer invisível em nós?

Não é teu sonho alguma vez ser invisível?

Terra! Invisível!

Qual é o teu insistente pedido, se não há transformação?

Terra, tu, querida, eu quero. Oh, creia, não foram mais

Necessárias tuas primaveras para conquistá-la — uma,

Oh, já basta uma única ao sangue.

Anônimo, lá de longe, sou resolutamente por ti.

Sempre estiveste com a razão, e tua sagrada inspiração

É a morte íntima.

Veja, eu vivo. Antecipadamente? Nem infância, nem futuro

Serão menos... Existência supérflua

Desenvolva-me no coração.



**************************************************



DIE NEUNTE ELEGIE

Warum, wenn es angeht, also, die Frist des Daseins

hinzubringen, als Lorbeer, ein weinig dunkler als alles

andere Grün, mit kleinen Wellen an jedem

Blattrand (wie eines Windes Lächeln) —: warum dann

Menschliches müssen — und, Schicksal vermeidend,

sich sehnen nach Schicksal?



Oh, nicht, weil Glück ist,

dieser voreilige Vorteil eines nahen Verlusts.

Nicht aus Neugier, oder zur Übung des Herzens,

das auch im Lorbeer wäre...



Aber weil Hiersein viel ist, und weil uns scheinbar

alles das Hiesige braucht, dieses Schwindende, das

seltsam uns angeht. Uns, die Schwindendsten.

Ein Mal jedes, nur ein Mal. Ein Mal und nichtmehr.

Und wir auch ein Mal. Nie wieder. Aber dieses

ein Mal gewesen zu sein, wenn auch nur ein Mal:

irdisch gewesen zu sein, scheint nicht wiederrufbar.

Und so drängen wir uns und wollen es leisten,

wollens enthalten in unsern einfachen Händen,

im überfüllteren Blick und im sprachlosen Herzen.



Wollen es werden. .— Wem es geben? Am liebsten

alles behalten für immer... Ach, in den andern Bezug,

wehe, was nimmt man hinüber? Nicht das Anschaun,

das hier

langsam erlernte, und kein hier Ereignetes. Keins.

Also die Schmerzen. Also vom allem das Schwersein,

also der Liebe lange Erfahrung, — also .

lauter Unsägliches. Aber später,

unter den Sternen, was solls: die sind besser unsäglich.

Bringt doch der Wanderer auch vom Hange des Bergrands



nicht eine Hand voll Erde ins Tal, die Allen unsägliche

[sondern

ein erworbenes Wort, reines, den gelben und blaun

Enzian. Sind wir vielleicht hier, um zu sagen: Haus,

Brücke, Brunnen, Tor, Krug, Obstbaum, Fenster,—

höchstens: Säule, Turm... aber zu sagen, vertehs,

ob zu sagen so, wie selber die Dinge niemals

innig meinten zu sein. Ist nicht die heimliche List

dieser verschwiegenen Erde, wenn sie die Liebenden [drängt,



dass sich in ihrem Gefühl jedes und jedes entzückt?

Schwelle: was ists für zwei

Liebende, dass sie die eigne ältere Schwelle der Tür



ein wenig verbrauchen, auch sie, nach den vielen

vorher und vor den künftigen..., leicht.

Hier is des Säglichen Zeit, hier seine Heimat.

Sprich und bekenn. Mehr als je

fallen die Dinge dahin, die erlebbaren, denn,

was sie verdrängend ersetz, ist ein Tun ohne Bild.

Tun unter Krusten, die willig zerspringen, sobald

innen das Handeln entwächst und sich anders begrenzt.

Zwischen den Hämmern besteht

unser Herz, die Zunge

zwischen den Zähnen, die doch,

dennoch, die preisende bleibt.

Preise dem Engel die Welt, nicht die unsägliche, ihm

kannst du nicht grosstun mit herrlich Erfühltem.; im Weltall,

wo er fühlender fühlt, bist du ein Neuling. Drum

zeig ihm das Einfache, das, von Geschlecht zu Geschlechtern gestaltet,

als ein Unsriges lebt, neben der Hand und im Blick.

Sag ihm die Dinge. Er wird staunender stehn.; wie du standest

bei dem Seiler in Rom, oder beim Töpfer am Nil.

Zeig ihm, wie glücklich ein Ding sein kann, wie schuldlos und unser

,

wie selbst das klagende Leid rein zur Gestalt sich entschliesst,

dient als ein Ding, oder stirbt in ein Ding —, und jenseits

selig der Geige entgeht.— Und diese, von Hingang

lebenden Dinge verstehn, dass du sie rühmst.; vergänglich,

traun sie ein Rettendes uns, den Vergänglichsten, zu.

Wollen, wir sollen sie ganz im unsichtbarn Herzen verwandeln

in — o undendlich — in uns! Wer wir am Ende auch seien.

Erde, ist es nicht dies, was du willst: unsichtbar in uns erstehn?

Ist es dein Traum nicht, einmal unsichtbar zu sein? —

Erde! Unsichtbar! —

Was, wenn Verwandlung nicht, ist dein drängender Auftrag?

Erde, du liebe, ich will. Oh glaub, es bedürfte

nicht deiner Frühlinge mehr, mich dir zu gewinnen —, einer,

ach, ein einziger ist schon dem Blute zu viel.

Namenlos bin ich zu dir entschlossen, von weit her.

Immer warst du im Recht, und dein heiliger Einfall

ist der vertrauliche Tod.

Siehe, ich lebe. Woraus? Weder Kindheit noch Zukunft

werden weniger... Überzähliges Dasein

entspringt mir im Herzen.













Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 38Exibido 849 vezesFale com o autor