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Artigos-->186. CONSTRUINDO O UNIVERSO ESPIRITUAL — MACIEL -- 24/04/2003 - 06:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vamos intentar dar aos humanos idéia da “civilização” espiritual.



No mundo da carne, o homem recebe um corpo que estará dentro de seu ambiente natural, sobre o qual tem o poder de atuar, construindo seu “habitat”, segundo os recursos que tem à mão. Se, por acaso, não houver qualquer casa no local em que se situa, pode, com seu esforço, trabalhando harmoniosamente com sua inteligência, produzir habitação, qualquer seja o tipo: de gelo, de terra, de madeira etc. A tecnologia humana avançou no aproveitamento de recursos minerais e de extratos mais ou menos solidificados de argamassas orgânicas, de sorte que é possível até encontrarem-se construções de plástico retirado do subsolo. Esse evoluir na face da Terra tem o mérito do homem, segundo o padrão vibratório de que seja dotado.



No campo espiritual, contudo, é muito diferente. Tudo parece constituir-se tão-só de matéria-prima uniformemente distribuída. Assim, quem se encontrar do nosso lado da realidade, forçosamente, terá de construir o seu próprio e insólito “universo”, imaginativamente, precisando recompor cada pequena faceta, para que possa reconhecer ali a projeção do “ego”. Enquanto não adquirir os recursos necessários para esse tipo de construção, onde cada qual é o engenheiro do próprio mundo, terá de habitar de empréstimo, segundo o poder de catalisação e de aglutinação espiritual de que seja dotado e por amor e desprendimento dos espíritos amigos que com ele dividem os laços familiares (“família” no sentido espiritual: congregação de espíritos cuja vibração acompanhe o mesmo padrão, quer quanto à freqüência, quer quanto à intensidade, impedância, capacitância e demais atributos próprios às ondas que constituem, em última análise, o componente “físico”, “corpóreo” do perispírito). Sendo assim, não basta estar “vivo” em nosso plano para ter o poder de trabalhar para a confecção do ambiente sobre o qual se irá atuar. É preciso muito mais, pois, a cada nova conquista moral, evolutiva, regeneradora, ampliamos a capacidade “eletromagnética” e estendemos os tentáculos para um pouco mais além, de modo que evoluir, em nosso meio, consiste na aquisição de recursos através dos quais obtemos o dom de construir a nossa habitação, que, em termos humanos, pode ser definida como “consciência”, local em que habita a chama da divina criação.



Este texto é extremamente simplório, pois os intrincados instrumentos de que somos capazes de lançar mão, pela benemerência da ajuda dos espíritos superiores, nos possibilitam a congregação de inúmeros espíritos de mesmo teor vibratório, de sorte que, sobre a matéria-prima trabalhada, podemos construir civilização de caráter superior, ficando, para mais abaixo, construções mais simples, mais toscas, cada vez mais densas, no sentido de que espíritos de pouca evolução mal conseguem argamassar algumas estruturas rústicas e sem qualquer demonstração de aplicação inteligente do poderio de manipulação do etéreo. Mais além, ficam as regiões umbráticas, onde se situam os que, não sabendo nada construir, estabelecem sendas de escuridão, aberturas em forma de cavernas, onde a dor e o sofrimento se misturam em clamor uníssono. Existem ainda regiões purgatórias mais profundas, em que seres disformes, enrijecidos na rocha ou diluídos no magma, sofrem dos horrores infernais, sem que se possa dar a eles o amparo misericordioso de Deus, pois jazem imersos em ruínas conscienciais de lamentáveis aspectos.



Esse é todo o espectro disponível para nossos olhos imantados pelo poder divino. A mais não podemos ir, a não ser que apliquemos princípios de correlação imagética, como fazem os humanos quando querem aperceber-se de como é, na realidade, o mundo dos desencarnados. Por comparação, podemos supor que outros corpos existam mais estratificados, menos densos, capazes de manipulações energéticas mais sutis, de maneira que os mundos elevados devem ser quintessenciados, verdadeiros paraísos, em que os espíritos, tendo absoluto domínio do material constituinte de seu ambiente, elaboram civilizações mais divinizadas e mais perfeitas.



Vamos tirar algumas conclusões morais da longa explanação “técnica”.



Para que o homem possa adquirir estatura evolutiva suficiente para equiparar-se aos seres mais fluidificados, é necessário perpassar por caminhos evolutivos formados de muita prece, de muita virtude, de muito amor, de muito trabalho em favor do próximo. Sem esse desprendimento de si mesmo, de sua ganância individualizadora, de seu egoísmo orgulhoso, de sua maldade avassaladora, nunca irá enfeixar em seu poder os atributos necessários para conseguir o mesmo padrão vibratório dos que se erguem em direção das civilizações mais adiantadas.



Se o homem tem necessidade de trabalhar para ir amealhando bens terrenos, é bem verdade que pode conseguir de súbito, por meios os mais diversos, captar grandes fortunas. Isso no campo material. Nos campos moral e espiritual, não é bem assim. As conquistas são paulatinas, são dependentes umas das outras, são acrescentamentos que se dão, sem possibilidade de perdas, e esse lento evolutir é fruto de muito trabalho baseado nas notações evangélicas.



Se o homem meditasse mais sobre as verdadeiras causas que deram origem ao seu aparecimento sobre o orbe, poderia ir percebendo que forças superiores é que determinaram esse internamento no mundo denso do corpo, onde, por força da lei do livre-arbítrio, poderá estagiar para aprendizados mais rápidos, tendo em vista os recursos especiais que a essência da matéria aqui possui. O internamento na carne passaria a ser considerado bem de inestimável valor, dádiva divina, de modo que fatalmente tal raciocínio iria provocar imenso respeito da criatura pelo Criador. Tal respeito, levado às últimas conseqüências, desembocaria em procedimento de sábia prudência, em total resguardo dos princípios do encarne e em vislumbre da missão a ser desempenhada ao longo da existência em vida encarcerada.



Esse o nosso alerta, essa a nossa lição. Que fique o caro leitor meditativo é o nosso desejo. Que fique a cismar a respeito do mundo fabuloso que tentamos retratar organicamente, com as nuanças mais grosseiras da percepção sensorial humana. Que fique prevenido quanto ao emprego de sua inteligência indutivo-dedutiva, no sentido de perscrutar a verdade de nossas palavras, segundo esta terminologia elementar que extraímos do vocabulário posto à nossa disposição pelo humano linguajar. Que fique preso às suas idéias, desde que tenha assumido compromissos sérios com o Espiritismo Kardecista, que é, em suma, a revelação quintessenciada do eterno devir. Que assuma definitivamente o seu papel de operador de sua consciência, instando por alijar dela as más tendências adquiridas por usos e costumes basicamente estruturados por valores meramente materiais e forcejando por introduzir nela as virtudes magnificentes do evangelho de Jesus, pautando o procedimento pelas leis de Deus, que estão disseminadas pelo mundo e que a ninguém é dado desconhecer.



Esse o nosso alerta e o nosso aviso. Não venha amanhã, por desídia, elevar a voz no coro infernal que ecoa desde a profundeza do báratro, mas faça por ombrear-se com os espíritos de luz, na augusta, na majestosa cidade da bem-aventurança eterna.



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