Passei os últimos dias pensando em algo pra dizer a respeito do Maremoto da Ásia...e as palavras só me vinham em forma de lágrimas...e lágrimas não sabem escrever...o máximo que elas conseguem é molhar o papel.
Nesse momento apenas posso imaginar e ver através das imagens que viajam pela televisão o lastimoso sofrimento do povo que viu o mar engolir a terra por alguns instantes...guerra de Titãs...as batalhas entre o Mar e a Terra aconteciam mesmo antes de homem ser homem.
Minhas palavras são meus soldados... tenho agora um exército delas nas mãos, no lugar das armas elas portam significados sob o Império do sol...embora sejam cegas, elas enxergam além das nuvens...embora não tenham pernas, elas ignoram fronteiras.
Um dia o sol apaixonou-se...ficou enamorado por Vênus, mas essa não mostrou ser uma boa companheira, o abandonou e caiu nos braços de Júpiter...triste e magoado o sol que de tão quente não pôde chorar lamentou aos confins do universo a sua dor...e a terra ouviu seu choro e nos dias seguintes fez da sua órbita um alegre desfilar para tentar consolar o coração do sol...e conseguiu...sol e terra apaixonados vivem até hoje dias de muito amor...esse amor deixou descendentes...sãos os filhos do sol, são aqueles que trabalham nas organizações humanitárias como a Cruz vermelha e os Médicos sem fronteiras.
O Deus Altíssimo é poeta, somos seus versos, ele fala por metáforas que a minha inteligência não alcança...água é vida...e também é morte.
Uma onda de destruição varreu a Ásia...agora uma onda de solidariedade acaricia o mundo .
