Usina de Letras
Usina de Letras
75 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62582 )
Cartas ( 21339)
Contos (13279)
Cordel (10457)
Crônicas (22550)
Discursos (3244)
Ensaios - (10499)
Erótico (13582)
Frases (50953)
Humor (20093)
Infantil (5516)
Infanto Juvenil (4840)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (140978)
Redação (3332)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6271)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Carnaval -- 10/02/2009 - 22:21 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carnaval: Conheci teu veneno numa quadra de ensaio; a morena me olhou, eu mirei a formosura, nem precisava ser destaque de nada, bastava o lume de suas órbitas, a promessa de ocultos prazeres, o sorriso em enigma permanente.

Nunca gostei de Carnaval. Também não sei o que fui fazer ali, passei por acaso e o que me atraiu foi o batuque, o ritmo forte do surdo e os tamborins em consonància. O samba, mal se ouvia na voz do rouco locutor - Todos são; não é mesmo? O que importa entender o enredo se nunca houve nenhum, ele se desenrola apesar do mestre-sala e porta-bandeira, é como um ser vivo na avenida, lembra um dragão chinês... Mas não é.

A brisa traz o doce veneno, o batuque entra nas veias, o eco de antigas vestes se reproduz em nossa pele sob a pele, a alma se alvoroça e quando olho pronto! Está lá a cupidez de uma boca de esfinge, é para mim que ela se abre e eu apenas passei devagar, parei o carro e de curioso, virei coadjuvante de uma trama que já estava escrita. É possível?

Dos lábios eu lembro; dos dentes serenos eu me recordo, da cintura eu tenho a imagem da pequena pérola incrustada como num desafio, a dança enlouquecedora no carro alegórico que saiu na avenida eu gravei com os filmes de minha psique e com os olhos de meu coração já envenenado.

Carnaval: conheci o teu princípio, provei de teu veneno e agora procuro o teu antídoto.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui