Deus, que incerteza!
maria da graça almeida
Ai me doem as entranhas, mal suporto a quentura.
Fere feito um chicote, morde, lanha e tortura.
Irreal sei que é o mote, mas, real a queimadura.
Bem aqui dentro de mim, ora então eu conferi
a rudeza de um vulcão vomitando explosão
e o magma do horror que me arde o interior.
O de agora nem o é ! O de ontem me entranhou.
Preterida sei que estou, feito sobras sobre a mesa.
O meu eu se aniquilou sem critérios, sem defesa.
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