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Artigos-->198. QUE FAZEIS? — NATANAEL -- 06/05/2003 - 06:48 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


É imprescindível acreditar em que as transmissões mediúnicas sejam a alavanca que vai soerguer a pedra que obstrui a passagem, à entrada da gruta. Os encarnados costumam arrefecer o ânimo com o transcurso dos anos, muitos antecipadamente, a qualquer ameaça de ruína final de seus invólucros carnais. Não devemos atemorizá-los, contudo, ao dizer que tal fato é muito prejudicial para a realização “in totum” dos objetivos do encarne. É preciso ficar alerta para as possíveis tergiversações do dimensionamento inicial, de sorte a manter o curso da nave até que atinja o derradeiro porto.



Nesse sentido é que comparecemos à presença do leitor, para que possa vislumbrar com segurança um foco de luz a guiar-lhe os passos na direção correta. Sendo assim, propugnamos alentado exame de consciência periódico, para compenetração das diretrizes e objetivos que estão sendo vencidos em cotejo com as verdades evangélicas, de modo a fazer surgir do confronto a luz que os conduzirá de acordo com o roteiro previamente planejado. Queremos enfatizar o fato, para que todos possam caminhar seguros rumo à sua redenção.



Jesus perguntou:



— Que fazeis de especial? (Mateus, 5:47.)



E nós, modestamente, perguntamos:



— Que fazeis?



Se o “especial” para o Cristo era próprio de seres superiormente dotados em relação ao comum dos mortais, porque conheciam a Revelação, “especial” para nós é ainda mais — e nisto participamos do pensamento de Emmanuel (1) —, é apresentar trabalho além do comum, no sentido de ultrapassar os limites dos conhecimentos evangélicos e se enfronhar na prática do bem, segundo orientação específica do Espírito de verdade da codificação kardeciana. Então, cabe-nos perguntar, simplesmente:



— Que fazeis, irmãos, para solidificar a presente encarnação como um bem maior? Que facilidades prodigalizais ao semelhante, no sentido de promoverdes a integração deles aos ditames do divino amor? Que buscais em vosso destino atual? Não querereis, acaso, perlustrar a existência ao descaso das leis maiores, pois não?! Então, refleti conosco a respeito de vosso procedimento: estais sendo justos, honestos, operosos, diligentes, amorosos, perfeitos, no relacionamento familiar, imaculados, no trato dos amigos, sublimes, no amparo socorrista aos irmãos necessitados? Se puderdes responder a todas estas perguntas afirmativamente, então suspendei a leitura do texto. Mas se a consciência reclamar das atitudes e da análise e se tiverdes coragem para responder com um “não” a alguma de nossas inquirições, procurai sanear o procedimento, arrefecendo o ânimo no que tem de impuro e vigiai, para não mais cairdes nas garras da tentação.



O mundo material oferece inúmeros atrativos para que o homem possa fazer valer seus recursos sensoriais, de forma que prevalece, muitas vezes, a matéria sobre o espírito. Essa faculdade deve mais ser encarada como entrave para o desenvolvimento do que meio de suplantação das dificuldades ambientais. Claro está que a nossa capacidade perceptiva enquanto encarnados está a serviço da configuração corpórea, com a finalidade de acomodação ao meio. Mas tendemos a ultrapassar este uso através do abuso dos sentidos. Assim, a visão e o tato, principalmente, impelem para campos novos a que dedicar a nossa imensa curiosidade intelectual e emocional, tornando-se, inequivocamente, em meios de percepção de esferas não só condizentes com o mundo mais próximo (como os animais se conduzem, por exemplo), mas indo além do próprio círculo, extrapolando noções e emoções, de molde a propiciar prazeres que não se contavam entre os naturais da espécie. Por isso, o cataclisma das reações violentas e das paixões desarvoradas a nos forçar a agir além do comprometimento normal das ligações entre os encarnados.



Esses loucos sintomas de egolatria, de apostasia, de megalomania, se situam na periferia da criminalidade. Há crimes ainda mais hediondos originados desses desvirtuamentos do uso da sensação epidérmica e visual, como o abuso das drogas (fumo, álcool) e dos ingredientes mais nocivos de certos alucinógenos, que impedem o livre raciocinar e impossibilitam a tomada de decisões a nível consciencial. Que dizer, então, do relacionamento do espírito encarnado com o plano da espiritualidade superior?! Fica, evidentemente, bloqueada qualquer passagem e o indivíduo “materializa” a vida em definitivo, caso não ponha paradeiro aos desregramentos.



É inútil para a dissertação aduzirmos outros exemplos. Parece-nos que para o leitor de boa vontade foi suficiente o que escrevemos, para alertá-lo a respeito dos perigos dos excessos carnais.



Nesse sentido, nunca é demais enfatizar a necessidade da prece. Comovidas orações conseguem amenizar os efeitos psicológicos da depressão causada pelo abuso dos ingredientes que desnaturam os sentidos, em dois prismas básicos: 1.o) na compenetração das graves conseqüências físicas e morais pela consciência não inteiramente carcomida pelos vícios; 2.o) na atração solidária dos espíritos guardiães, que nortearão sua influenciação no sentido de amenizar os efeitos dos vícios sobre o perispírito, estendendo por sobre ele uma como que imantação protetora, capaz de deter os nocivos tóxicos.



No entanto, nada disso funcionará se o indivíduo fizer suas preces sem convicção, com a vontade enfraquecida pela hipocrisia de obter passageira recuperação com o intuito de voltar a delinqüir. É como ocorre com certos criminosos que buscam abrandar ou suspender as penas, através de comportamento disciplinado, mas que almejam, na verdade, no primeiro momento de liberdade, voltar a praticar os mesmos delitos que o levaram à prisão. Por isso é que pregamos a oração comovida, ou seja, da qual participem da mesma forma a mente esclarecida e o coração agradecido e corajoso.







Esse é o nosso aviso, a nossa prudente participação neste momento de profunda responsabilidade diante do leitor. Sabemos que serão muito poucas as oportunidades que teremos de enfrentar a psicografia, pois a lista de espera se estende por várias laudas e o trabalho socorrista é bem mais intenso no corpo-a-corpo da recuperação individualizada. Por isso é que muitos comunicadores chegam a este posto de serviço com o coração opresso, pois têm a consciência de que o trabalho que os aguarda é grandioso. Graças a Deus, é possível fazer este treinamento, mas mesmo assim a participação se reveste de importância transcendental para nós, iniciantes.



Oremos o pai-nosso, em agradecimento ao trabalho realizado.







(1) Emmanuel, Vinha de Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, 10.a ed., F.E.B., Rio, 1987, pp. 133-4.









COMENTÁRIO — MANUEL



Fez bem o irmão Natanael em encarecer o grau de importância que tem este treinamento da mediunização. É preciso justificar o fato da monótona repetição de conceitos evangélicos, através da aprendizagem que estamos promovendo junto aos amigos que compõem o alunado da “Escolinha de Evangelização”(1).



Quanto ao texto de Natanael, é preciso descontar o noviciado. Não fora isso, teria condições de efetuar trabalho mais coeso, mais integral. Embora esta não seja propriamente uma censura, não deveria ter-se aproveitado da leitura diária do mediador, uma vez que lhe estabelece no espírito, preocupação muito forte de que só o que conhece verdadeiramente é que será utilizado pelos mensageiros. Claro está que é preciso pautar o procedimento do modo mais honesto possível e, no caso, andou bem o companheiro citando a fonte de sua evocação evangélica. No entanto, é preciso ter mais prudência para não causarmos certo alvoroço psíquico no escrevente. Veja como ficou sem jeito ao nos referirmos diretamente à sua pessoa e ao seu estudo.



Quanto à diretriz do texto, pareceu-nos de muita objetividade, pois foi orientado no sentido de permitir ao leitor profunda análise dos hábitos, pois é sabido que, hoje em dia, não são poucas as pessoas que fumam, bebem ou ingerem, de alguma forma (até por via de medicamentos), ingredientes que desvirtuam o caráter. A lembrança dos criminosos como exemplo de procedimento mental foi ótima, no sentido de se permitir ao leitor duvidar de si mesmo e de suas intenções, uma vez que o criminoso não é ser diferente de qualquer um de nós. O que acontece com ele é que foi além dos limites sociais, enquanto o comum dos mortais vai além dos limites carnais. Se o primeiro ofendeu a princípios que regem as boas normas da convivência entre os indivíduos, o segundo transgrediu normas morais e espirituais. A diferença entre uns e outros é que a pena a ser cumprida pelos primeiros foi determinada pelos homens, enquanto os últimos vão receber punições da natureza, através das leis universais impostas por Deus.



Vamos sustar por aqui a dissertação para não incorrermos no risco de tecer comentários extratextuais. Aliás, vencer este desejo de discorrer a respeito das conseqüências dos vícios sobre o direcionar da vida é muito difícil para nós, que nos empolgamos com o tema, dada a premência da reação que os humanos devem empreender contra os vícios. Sendo este um tema que possibilita desenvolvimentos muito técnicos, esperamos que Natanael prossiga efetuando estudos neste campo. Caso nos ofereça novos textos, teremos a satisfação de propiciar-lhe novos encontros com os leitores, para o que iremos inscrevê-lo já entre os jovens escritores, para nova transmissão, se assim permitir.





(1) Pode escrever com iniciais maiúsculas, pois é o nome através do qual é identificada a nossa corporação entre as diversas comunidades espirituais do mesmo Ministério. Por curiosidade, podemos citar outras instituições: a da “Graça Divina”, a do “Socorrismo Infantil”, a da “Recuperação Facial”, e de outros tipos, como o “Lar do Estágio Regenerador”, o “Centro do Conhecimento Científico” etc. Não vamos entediar o leitor com longas listas de nomes. O importante é saber que existem tais instituições e que prestam relevantes serviços, cada qual reservando para si especialidade de atendimento.



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