INcongruência
maria da graça almeida
Prendo arruda na orelha,
corto a luz e apago a vela,
com um sopro na centelha,
benzo a porta e a janela.
Chamo o moço de bonito
e-lhea-pon-toa- ci-ca-triz,
seu olhar de verde atrito
ora sei que me maldiz.
Pinto a pata de um coelho,
faço bom o mau caminho,
no reflexo do espelho,
ouço o canto de um moinho.
|