- Pára com isso, Zé! Pára! Eu não sou puta! Eu não sou puta!
Acordo de madrugada sobressaltado.
- O que estará acontecendo? - me pergunto.
- Pelo amor de Deus, fala baixo! - ouço o pedido do Zé.
Eles são meus vizinhos do edifício em frente.
- Eu não sou puta, Zé! Eu não sou puta!
O choro invade a madrugada e tento identificar o local de onde vem. Minutos depois, chega a polícia.
Tudo se acalma, tudo silencia.
Não sei se o Zé extrapolou e entrou com tudo ou se foi apenas um mal-entendido.