Cautela (*)
Após conversa rápida com a mulher para tratar de pormenores do dia a dia, marido (cheio de ocupações) ainda consegue alguns minutos para deixar-lhe, em local visível, o seguinte bilhete:
-- Bem, com todo o respeito (e só poderia ser assim), tenha muita precaução ao dirigir-se aos subordinados. Hoje você está (um pouco mais do que de costume) excessivamente derrotista, irónica e mal-humorada. Entendo, isso pode ocorrer com qualquer ser humano. Contribuem para o caos: o excesso de trabalho, as tarefas que se avolumam, a administração do lar, as filhas, os netos e de sobra um esposo chato. Cuidado!
Com preocupação, fulano
A resposta, enérgica e gentil, veio logo em mensagem eletrónica:
-- Obrigada, amor. Entretanto, recomendo-lhe o mesmo.
Enfim, nem sempre a opinião que temos dos outros é diferente da que eles têm de nós.
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() Brasília DF, 04/12/2009.
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