OS EUA E O CONFLITO ISRAELENSE-PALESTINO
Uma nova batalha está se iniciando no Oriente Médio. Não é uma batalha entre Iraquianos e americanos, nem entre palestinos e israelenses. Essas batalhas já não são tão novas assim. O que se está em processo de geração é uma disputa entre os EUA e a União Européia por influência nessa região e por uma hegemonia mundial.
Depois que os EUA ocuparam o Iraque, a Europa passou a temer a concentração de infuência sobre os países do Oriente Médio. Israel é quase um protetorado americano, e agora o Iraque também deve seguir o mesmo caminho, caso consiga prender e executar milhares de opositores a presença americana.
A Europa e principalmente a França discordam plenamente da maneira como os EUA estão conduzindo o processo de paz entre palestinos e israelenses. E para contrabalancear a influência americana, querem enviar uma força de paz internacional. Obviamente os EUA são contra. Preferem ver palestinos e israelenses destruindo-se mutualmente à evitar atentados e ataques a inocentes.
Os governantes europeus podem não ter o poderio militar americano, podem ter permitido que os EUA invadisse o Iraque, mas certamente não vão permitir que eles monopolizem o processo de paz entre Israel e a Palestina. E uma tentativa americana de impor um processo de paz vai afastar ainda mais europeus e americanos, a tal ponto que certamente haverá reataliações. Não retaliações bélicas -- isso já é coisa do passado. --, mas retaliações econômicas. Os EUA ainda podem ser o maior mercado consumidor do mundo, todavia a Europa unida tem forças suficientes para sobrevirer sem os EUA. Principalmente se levarmos em conta que cada vez mais o Euro se fortalesse. Vai chegar um momento em que o mundo voltará a virar os olhos para a Europa como aconteceu no passado.
Os EUA podem ser obrigados não só a aceitarem uma solução européia para o conflito israelense-palestino como também serem obrigados a engolir uma indigesta Europa unida. Esse conflito pode não só marcar a incapacidade americana de resolvê-lo, assim como os limites da hegemonia americana, mas também o esgotamento dum império em início de decadência.
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