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Cartas-->Memória de Elefante -- 15/02/2006 - 14:09 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há “elefantes brancos” em nossas vidas. Algo que dá muito trabalho, muita importunação.Coisa de pouca ou nenhuma importância prática e que é difícil de se desvencilhar. Uma casa muito grande às vezes pode ser como um “elefante branco”,na hora de vender o tamanho exagerado não se traduz em ganho demasiado.
Contou-me um vendedor de flores, que já trabalhou em circos, que os elefantes quando capturados pequenos ou nascidos em cativeiro, são acorrentados por fortes correntes. Por serem pequenos estas correntes são suficientes para detê-los, mesmo o animal lutando muito contra elas. Eles se cansam de pelejar e aceitam que não é possível se livrar de sua prisão.
O curioso é que o elefante vai crescendo e adquire força e condições para se libertar, porém fica preso na experiência do passado e não tenta mais brigar contra o que lhe prende. Dizem que as correntes que prendem os animais adultos são mais fracas do que a dos pequenos, são apenas suficiente para não se arrebentarem num movimento brusco involuntário. Há textos que relatam que depois de "aprendida a lição" é possível manter um elefante preso até mesmo com um barbante, pois em sua mente fica sempre a mensagem da impossibilidade de vencer qualquer coisa que esteja amarrada a uma de suas patas.
Mas ter a memória curta não é desejável , pois afinal o que é a vida se não uma coleção de memórias e lembranças.Nos dias de hoje a memória simples é muito requisitada por conta das dezenas de senhas que temos que guardar de cabeça ou de cor.
Aliás a expressão "de cor" ("saber de cor", por exemplo) é relativa ao coração. A origem da expressão talvez esteja no fato de os antigos julgarem que o órgão "pensante" fosse o coração. Parece que supunham que a memória fosse atributo do coração, tese confirmada pela expressão inglesa "by heart". "Heart" é "coração"; "by heart" é "de cor”.Escutar o coração é seguir seus instintos.O coração além de pulsar, também pensa.
Mas o excesso de memória, como a do Elefante, também nos faz sofrer.Nietzsche afirma que os animais ensinam ao homem uma grande lição, a de que é possível viver feliz sem lembranças, mas que é impossível viver sem o esquecimento.
Esquecer também faz parte da vida, mas tem coisas que nos recusamos a esquecer, mesmo que tenham sido dolorosas.Dói demais lembrar, porque lembranças são como reviver momentos que não voltam mais, mas dói mais ainda esquecer porque o objeto do esquecimento já faz tão parte da gente que será como cortar na própria carne para esquecê-lo.
http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/
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