Usina de Letras
Usina de Letras
100 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Teses_Monologos-->ALEITAMENTO MATERNO -- 21/08/2003 - 17:25 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Centro Universitário do Leste de Minas – Unileste –MG
Fernanda Grain Barreto

Aleitamento Materno

Disciplina: Pediatria
Prof.: Márcio Amorim
5° Período
Ipatinga/2003

Centro Universitário do Leste de Minas – Unileste –MG
Fernanda Grain Barreto

Aleitamento Materno

Disciplina: Pediatria
Prof.: Márcio Amorim
5° Período
Ipatinga/2003

Introdução


Este trabalho foi realizado a pedido do professor Márcio Amorim do 5° período de Fisioterapia do Unileste-MG, com a finalidade de conhecer sobre o Aleitamento Materno: anatomia, fisiologia, vantagens, contra- indicação entre outras.
Amamentar é a maneira mais saudável e natural de alimentar o bebê. O leite materno possui uma composição singular, destinada especificamente ao bebê. Contêm células que o protegem contra infecções e proteínas para manter o bebê feliz e saudável. O aleitamento materno pode ser um prazer para a mãe e o bebê. De inicio, requer uma certa pratica, mas as razões para amamentar o seu filho são inúmeras.

Definição


Segundo o Interagency Group for Action on Breastfeeding:
- Amamentação exclusiva, quando a criança se alimenta exclusivamente de leite materno.

- Amamentação quase exclusiva, quando a criança, além do leite materno, se alimenta de complexo vitamínico, chás, sumos e/ou água.

- Amamentação parcial com predominância de leite materno, em que cerca de 80% da alimentação da criança é o leite materno, 20% suplementos ou derivados de leite, sopas, sumos ou papas.

- Amamentação parcial com uma ingestão média de leite materno, onde 20 a 80% da dieta da criança é leite materno.

- Amamentação parcial com baixa ingestão de leite materno, dieta composta predominantemente por outros alimentos, e em que o leite materno representa 20% da fatia alimentar.

- Amamentação “residual”, quando o seio é usado para consolo da criança e não como fonte de nutrição, onde a criança mama cerca de 15 minutos por dia, divididos por 2 a 3 mamadas.


Vantagens do Aleitamento Materno


De acordo com estudos epidemiológicos temos:

- Redução da mortalidade infantil;

- Redução da morbidade por diarréia;

- Redução da morbidade por infecção respiratória;

- Redução de hospitalizações;

- Redução das doenças alérgicas;

- Redução de doenças crônicas;

- Melhor nutrição;

- Melhor desenvolvimento;

- Proteção contra o câncer de mama;

- Mais econômico;

- Promove um maior vinculo afetivo com a mãe e filho;

- Protege contra novas gravidezes.

Benefícios para a Mãe


Amamentar faz bem para a saúde da mãe e do bebê. Além de proporcionar maior ligação entre eles, o aleitamento materno ajuda a estimular hormônios que “encolhem” o útero até ele chegar ao tamanho normal, como o anterior à gravidez. Alguns estudos afirmam que as mulheres que amamentam têm somente 50% de chances de desenvolver o câncer de mama na pré- menopausa e menor risco de câncer de ovário e osteoporose. O aleitamento materno também ajuda a mulher a perder peso após o parto, pois utiliza um tipo especial de gordura adquirida na gravidez antes que ela seja incorporada ao organismo.




Anatomia da Mama


As mamas das mulheres adultas são formadas pelo parênquima e pelo estroma mamários. O parênquima inclui de 15 a 25 lobos mamários (glândulas túbulo-alveolares), que são subdivididas, cada um, em 20 a 40 lóbulos. Cada lóbulo, por sua vez, subdivide-se em 10 a 100 alvéolos, local, onde o leite é produzido.
A secreção láctea é excretada por intermédio de uma rede de ductos que vão convergindo, até formarem os seios lactíferos, local onde o leite é armazenado. Para cada lobo mamário há um seio lactífero, com uma saída independente do mamilo. Portanto, existem de 15 a 25 orifícios de saída de leite no mamilo. Envolvendo os lobos mamários, encontra-se o tecido adiposo, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, tecido nervoso e tecido linfático.


Fisiologia da Lactação


No início da gravidez, o tecido mamário desenvolve-se devido à ação de diferentes hormônios. O estrógeno é responsável pela ramificação dos ductos e o progestogénio, pela formação dos lóbulos. Lactogénio placentário, prolactina e gonadotrofina coriónica contribuem para a aceleração do crescimento mamário. A secreção de prolactina aumenta de 10 a 20 vezes na gravidez. No entanto, a prolactina é inibida pelo lactogénio placentário, não permitindo que a mama segregue leite durante a gravidez.
Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, a mama passa a produzir leite a ação da prolactina. A ocitocina age na contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, provocando a saída do leite. A prolactina e a ocitocina são reguladoras por dois importantes reflexos maternos: o da produção do leite (prolactina) e o da ejeção do leite (ocitocina). Tais reflexos são ativados pela estimulação dos mamilos, sobretudo pela sucção. O reflexo de saída do leite também responde a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, tais como motivação, autoconfiança e tranqüilidade.
Por outro lado, a dor, o desconforto, o stress, a ansiedade, o medo e a falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de saída do leite, prejudicando a lactação.
O leite é produzido nos alvéolos, em células epiteliais diferenciadas. A maior parte do leite é produzido durante a mamada, sob estimulo da proloactina. A secreção de leite aumenta em media de 50ml no segundo dia pós-parto 500ml no quarto dia. O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a procura da criança. Em média é de 850ml por dia da amamentação exclusiva.


O que esperar

O leite da mãe "desce" alguns dias após o nascimento do bebê. Até então, o seio materno produz colostro, que alimentará o bebê até lá. Essa substância, espessa e amarelada, contém proteínas e anticorpos que ajudam o bebê a combater as doenças. O colostro é o primeiro alimento do bebê, é a primeira "vacina" contra as doenças. O bebê tem grande quantidade de água e gordura armazenadas para usar enquanto se alimenta do precioso colostro. Seu estômago tem capacidade para receber apenas uma colher de chá de líquido. Por isso, ele não precisa de muito para se satisfazer.
O corpo da mulher foi feito para amamentar, mas isso não significa que você não precisará de uma mãozinha no início. Ainda no hospital, peça ajuda para levar o bebê ao peito, o mais rápido possível, para ajudá-lo a pegar no bico do peito e mostrar se está sugando corretamente. O ideal é que o bebê comece a mamar logo após o parto. Se em casa você ainda precisar de ajuda, pergunte ao médico se ele pode ajudá-la. Grupos em prol do aleitamento materno e o pessoal do hospital poderão ajudá-la. Toda mãe precisa de ajuda. Até as mães mais experimentes podem encontrar obstáculos.
Depois que o leite descer, durante o primeiro ou segundo dia, o bebê talvez queira mamar de hora em hora. Isso ajuda o organismo a criar um bom suplemento de leite, perfeitamente adequado às necessidades do bebê. De dois a quatro dias, o organismo se ajustará a essa "informação" e o bebê precisará mamar com menos freqüência: a cada duas ou três horas ou entre oito e doze vezes em um período de 24 horas.
Isso faz parte do processo normal de transição e não significa que ele esteja insatisfeito com você, com seu leite ou com seus cuidados. A agitação e o choro significam que ele sabe do que precisa e é assim que manifesta suas necessidades. Nessa idade, o bebê mama de dez a quinze minutos em cada seio.

Técnicas de Amamentação


A criança deve ser amamentada sempre que tiver fome e durante o tempo que quiser: a posição deve ser a mais cômoda possível. Oferecer os dois seios em cada mamada, começando sempre pelo que foi oferecido por ultimo na mamada anterior.
Posição:

- Posição de Berço: para dotar essa posição- a mais comum-, sente-se em uma cadeira confortável. Apoie a cabeça do recém-nascido na dobra do seu braço. Você pode preferir apoiar o braço com o travesseiro para reduzir a tensão e a fadiga. Coloque o braço inferior do recém- nascido ao longo do seu corpo de modo que ele não se comprima. A boca de recém-nascido deve permanecer no nível do mamilo e o seu estômago deve ficar de frente para o estômago da mãe.

- Posição Deitada Lateralmente: você pode achar essa posição confortável para amamentar noturna ou quando você está se recuperando de uma cesariana. Deite de lado com o estômago de frente para o bebe. Coloque a cabeça do bebê próximo ao seio. Eleve o seio. À medida que a boca do bebê se abre, puxe o bebê em direção ao mamilo.

- Pegada de Futebol: esta pode ser a posição mais confortável se você tem seios grandes, se o bebê é muito pequeno ou prematuro, ou se você teve um parto cesariano e acha as outras posições desconfortáveis. Sente-se em uma cadeira com um travesseiro sob o braço no lado da amamentação. Coloque a mão sob a cabeça do bebê e aproxime-se do seio. Coloque os dedos da outra mão acima e abaixo do mamilo. Quando a boca se abrir, coloque sua cabeça próximo ao seio.

Retirada do Bebê:

Quando for retirar o bebê do seio, você pode usar uma técnica especial para reduzir a pressão ou tensão no mamilo. Coloque o dedo mínimo no canto da boca do bebê. Libere a sucção antes de puxar o bebê.

Contra- Indicação


A maioria das contra-indicações são impedimentos temporários e, cessada a causa, mãe pode voltar a amamentar. Entretanto, em algumas raras situações, o aleitamento materno está contra-indicado.

Por parte da criança:
- Malformação congênita (lábio leporino e fenda palatina):

- Doença congênita ou não que afetam o sistema nervoso central, impedindo a sucção.


Por parte da mãe:
- Febre tifóide e Febre amarela;

- Hepatite B;

- Doença mental severa;

- Neoplasia;



As Mamadas


O ideal é que o bebê mame nos dois seios a cada mamada, assim ele se alimenta melhor, e faz um intervalo maior para a próxima mamada. O bebê deve começar mamando primeiro no seio no qual mamou por último na mamada anterior.
Quando ele esvaziar o primeiro seio, ponha-o em posição vertical para ele arrotar. Segure-o um tempo na vertical, massageando em círculos suas costinhas, ou dê tapinhas leves. Espere-o arrotar mesmo que demore um pouco. Se estiver demorando muito, experimente você mudar de posição, andar um pouco talvez. Depois, ofereça a ele o outro seio. Quando terminar, repita o procedimento para o arroto.
Geralmente, após esvaziar o peito, o bebê continua fazendo o movimento de sucção. Deixe-o continuar por um bom tempo, para que ele fique bem satisfeito, mesmo que não esteja saindo leite. Depois, se ele não quiser largar o peito, ou se ele dormir, introduza muito delicadamente o seu dedo mínimo na boquinha do bebê pelo canto de forma a facilitar que ele largue o bico. Quando ele soltar, faça o procedimento para o arroto e mude-o de peito.
Se o bebê adormecer ainda no primeiro seio, ofereça mesmo assim o outro a ele. Porém, se ele recusar, virar a carinha, trancar a boquinha, não insista!
Nunca, jamais retire o bebê do peito bruscamente. Se, ao retirá-lo, ele chiar, devolva o peito a ele. Deixe que ele sugue mais um pouco para ficar saciado. Lembre-se, não basta o alimento (leite), ele precisa do ato de mamar, do colo, do peito em si, do seu calor. Nada pode substituir isso.
Quando der de mamar, faça-o em paz, e procure dar, na maioria das vezes, exclusividade total ao neném. Não dê de mamar falando ao telefone, conversando com os outros, lendo jornal, etc. Dê toda sua atenção ao bebê, pois é isso que ele espera de você. Muitas vezes, ao amamentar com a atenção voltada para outras coisas, o bebê reclama feio, reivindicando você para ele. Aceite isso, respeite-o!
É claro que eventualmente você pode amamentar vendo televisão, lendo uma revista ou um livro (jornal não, que é sujo e tem cheiro!). Isso pode até ser bom pois a distrai um pouco, enquanto você deixa o bebê bem à vontade para dormir ao seio. O importante é que o ambiente seja o mais silencioso e pacífico possível.
Não estabeleça tempo de mamada. Amamentar olhando para o relógio, preocupada com a hora, é extremamente desagradável e desgastante para você e para o bebê. Deixe que o bebê estabeleça seu próprio tempo, deixe que ele esvazie o seio até o fim, e continue sugando. A sucção dele é muito importante para o organismo da mãe e para incentivar a produção de leite. Você quer ter bastante leite para ele? Então o deixe sugar até quando quiser.
Não pense que deixar o bebê por muito tempo ao seio irá fazer mal aos seus mamilos. Se você estiver com o bico dos seios em forma (tiver se preparado devidamente para a amamentação) o tempo longo de sucção não vai prejudicar em nada, não vai rachar nem machucar. Entretanto, se você estiver com os bicos prejudicados, poupe-se até melhorar.
A visão que a mãe tem do bebezinho adormecido ao seio é uma das coisas mais lindas que seus olhos podem ver em toda a sua vida
Aproveite bem este momento, pois ele é raro. Um dia você ainda vai sentir muitas saudades. E se você não curtir intensamente este instante, pode se arrepender muito no futuro... e aí será tarde, nada trará isso de volta (a não ser outro bebê para amamentar, claro).

Conclusão


Através deste trabalho pude perceber a importância do aleitamento materno para a criança, pois além de desenvolver uma inter-relação afetiva entre mãe e filho, reduz a taxa de mortalidade infantil; de doenças alérgicas melhora a nutrição e o desenvolvimento da criança.


Bibliografia


http://www.aleitamento.org.br/fisiologia.htm

http://labinf.detec.unijui.tche.br/~mauriciost/aleitamento_materno.htm

http://www.medicalnet.pt/2dedos/amamentacao/o_aleitamento_materno.htm

KENNER,Carole. Enfermagem Neonatal. 2°edição. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso,2001

http://www.pampers.com/pt_BR/display.jhtml?topicid=2318

http://www.lardemania.org.br/conheca/aleitamento.html




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui