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Teses_Monologos-->Crescimento e Desenvolvimento / MONOGRAFIA -- 15/09/2003 - 16:04 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Juliana Pires Fernandes

INTRODUÇÃO


O leite materno é muito mais do que um simples conjunto de nutrientes: pela sua complexibilidade biológica é uma substância viva ativamente protetora e imunomoduladora .O resultado mais evidente é a menor mobilidade em crianças amamentadas ao seio em comparação com os alimentados artificialmente, com impacto particularmente dramático em comunidades pobres.
Porém, a decisão de amamentar é construída a partir das vivências da mãe e da relação com os conceitos e experiências de sua cultura e tradição, traduzidos em atitudes e opiniões com relação á amamentação. A amamentação atua como contraceptivo natural, leva ao emagrecimento mais rápido e reduz a incidência de câncer de mama e de útero.Para o lactente, o aleitamento materno proporciona maior vinculo mãe-filho,proteção contra doenças infecciosas,menor incidência de alergias e reduzidas morbidade e mortalidade.
Na história recente, a amamentação tem sido vivida predominantemente como um fardo e atualmente passa ser mais desejada.Uma das questões que se coloca é se as mulheres na realidade estão sendo socialmente condicionadas ao querer. A difícil compatibilização dos vários papéis sociais da mulher e das vivências atuais da maternidade e e da paternidade induzem á uma prática de amamentação simbólica, isto é , com limitação de tempo e freqüência das mamadas, que geralmente leva ao desmame em poucas semanas.
A atuação e a responsabilidade dos profissionais de saúde na decisão materna de amamentar devem ter uma postura ética onde haja domínio do conhecimento e sensibilidade de escuta realmente efetiva.


FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO


Anatomia e histologia da mama- As mamas são glândulas exócrinas túbulo-alveolares com 15 a 20 unidades lactíferas envoltas por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos. O leite é produzido nas unidades lactíferas denominadas alvéolos. Estes alvéolos são formados por pequenas glândulas secretoras , que se comunicam com a superfície através de um sistema de drenagem formado pelos canalículos e canais denominados ductos lactíferos. Ao se aproximarem da superfície os ductos se dilatam formando as ampolas ou seios lactíferos, onde o leite é armazenado, que por sua vez vão abrir-se no mamilo através dos poros mamilares. Tanto o mamilo como a aréola são profusamente inervados , fator importante no desencadeamento dos reflexos da descida do leite.

Processo hormonal da lactação- Durante a gravidez as glândulas mamárias se preparam para lactar, aumentando seu volume através da ação de hormônios, principalmente estrógeno e progesterona. Mas, só após o nascimento, com a expulsão da placenta, cessa o efeito inibitório desses hormônios sobre a prolactina que é o hormônio responsável pela produção do leite.
Ao sugar a mama o recém-nascido estimula as terminações nervosas do mamilo, enviando um estímulo a hipófise, cujo lobo posterior libera a ocitocina. Este hormônio atua sobre as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, provocando o reflexo da ejeção ou “descida” do leite. A ocitocina também é responsável pela contração do útero, acelerando sua involução e, portanto, diminuindo o sangramento pós-parto. Devido a estas contrações algumas mães queixam-se de cólicas durante as mamadas nos primeiros dias de lactação.
O leite produzido pela mediação da prolactina acumula-se no intervalo das mamadas- leite anterior- e corresponde a um terço do leite total produzido durante pela ocitocina, ocorre a pressão das células mioepiteliais sobre as células lactíferas, provocando a ruptura de suas membranas. Assim , o conteúdo destas células passam para os ductos, fazendo com que este leite- leite posterior seja mais rico em lípides, apresentando uma maior consistência e um maior teor de energia.


LEITE HUMANO

A partir do segundo trimestre da gestação , a glândula mamária da mulher tem atividade suficiente para produzir leite,que nesta fase e até os primeiros dias após o parto é denominado colostro. Inicialmente branco amarelado e bem espesso, torna-se ao final da gravidez mais fluido e após o parto mais abundante. Geralmente , entre o segundo e quarto dia do puerpério, tem inicio a produção do leite, ás vezes excessiva, assinalada pelo ingurgitamento dos seios . O colostro evolui para leite maduro entre três e 14 dias após o nascimento.
A composição do colostro difere da do leite maduro nos seguintes aspectos: contém o dobro de proteínas,sendo mais albumina e globulina, menor conteúdo de lactose e gordura , maior concentração de sais minerais ,fatores de crescimento e fatores imunológicos, principalmente a imunoglobulina A secretora. Esta imunoglobulina tem grande importância na formação de uma barreira na mucosa gastrointestinal que impede a penetração de microorganismos.


O ALEITAMENTO MATERNO

Entendendo que o conhecimento sobre a amamentação não é inerente á mulher, ou seja . ele tem que ser adquirido através da cultura, das experiências e das informações, o pré natal é um período de importância para sensibiliza-la e prepará-la para o ato amamentar.
No pré-natal devem ser enfatizados positivamente os aspectos nutricionais e as vantagens do aleitamento materno. O exame das mamas é parte indispensável da atenção pré-natal ás gestantes. Mamilos pseudo-invertidos ou planos podem se tornar adequados após exercícios e manobras de tração.
A mãe deve ser orientada a deixar que a criança sugue em livre demanda, isto é, quando manisfestar fome através do despertar do sono, do choro ou do movimento da busca do seio. A duração da mamada nos primeiros dias pode ser limitada a 10 a 15 minutos com mamadas mais freqüentes para evitar traumas mamilares. Nos primeiros cinco e oito minutos a criança retira em torno de 80% a 90%por cento do leite. A mãe deve ser encorajada a amamentar o recém-nascido imediatamente após o parto. Poderá precisar de auxilio para iniciar a lactação e encontrar uma posição confortável para ambos, mãe e filho. O contato intimo entre os dois logo após o nascimento, alem de contribuir para o desenvolvimento do vínculo afetivo, também ajuda na adaptação da criança ao novo meio ambiente, favorecendo a colonização da pele e do trato gastrointenstinal por microorganismos da mãe, os quais tendem a ser não patogênicos e contra os quais o leite materno possui anticorpos.
Para manter amamentação com sucesso, devem ser eliminados, na medida do possível, fatores que diminuam a duração, eficiência e freqüência sucção pelo lactente. Estes fatores incluem a limitação do tempo da mamada, horários fixos, posicionamento incorreto, uso de objetos orais( bicos, chupetas), fornecimento de líquidos como água chás soluções açucaradas e outros leites. O uso de bico ou chupeta é tema controverso, dado a estrema difusão em nosso meio.São aspectos desfavoráveis as possíveis ocorrências de desmame precoce, otite média aguda, de contaminação e de episódios diarréicos infecciosos, assim como de má oclusão dentaria. Entretanto a mãe deverá ser ouvida para expor suas razões em relação ao uso do bico, cabendo ao profissional de saúde agir com bom senso.


ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO

Em algumas situações, está indicada a ordenha do leite humano: na prevenção e cuidados com o ingurgitamento mamário, para as mães de recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso ou bebês internados e mesmo aquelas mães que trabalham fora de casa e querem deixar seu leite pra ser dado ao bebê.
A técnica de coleta e a estocagem do leite devem garantir sua qualidade higiênica e a manutenção de suas propriedades nutricionais e imunológicas. A ordenha pode ser realizada através da sucção por bomba elétrica ou pela expressão manual das bombas. Uma vez coletado, o leite humano deve ser usado cru, sem sofrer processo de esterilização como a fervura ou a pasteurização. Deve ser estocado em baixas temperaturas para evitar o crescimento bacteriano.



POSSIVEIS CONTRA INDICAÇÕES Á AMAMENTAÇÃO


Infecções maternas bacterianas como, por exemplo, de parede abdominal, da episiorrafia, mastites, infecções urinárias e outras que não comprometam o estado geral da mãe, em principio, não devem ser indicação de suspensão do aleitamento materno, mesmo que temporário. Nestes casos, a criança está colonizada pela bactéria da infecção materna e através do colostro ou do leite maduro recebe elementos de defesa humoral e celular. A amamentação cruzada está contra indicada, isto é , uma mãe não deve amamentar o filho de outra , porque pode ocorrer , por exemplo, a transmissão do HIV através do leite. Em algumas situações especiais e infrequentes a amamentação não pode ou não deve ocorrer.

Situações ligadas á mãe:


§ A mulher que expressar o desejo de não amamentar e após ser ouvida e aconselhada ainda mantiver tal desejo, deve ser respeitada.
§ Doenças maternas como doenças cardíacas , renais, pulmonares ou hepáticas graves, uso de drogas incompatíveis com amamentação, psicose e depressão pós parto que não respondem á terapêutica e em que há riscos de vida para a criança.
§ Em mães portadoras do HIV, independente de manifestação clínica contra indica-se a amamentação , até que novos conhecimentos indiquem sua segurança e benefício.
§ Nas mastites acentuadas, com sofrimento para a mãe á sucção , pode estar indicada a suspensão temporária.


Situações ligadas á criança:


§ Recém nascido pré-termo e de baixo peso que não suga e não deglute sincronicamente deve ser alimentado com o leite ordenhado da própria mãe e de preferência cru.
§ Galactosemia, um distúrbio hereditário envolvendo o metabolismo da lactose , pode manifestar-se poucos dias após o nascimento por vômitos e diarréia , decorrente da ingestão de leite humano ou de vaca. Se não tratada , evolui rapidamente com déficit de crescimento, hepatomegalia, ascite e catarata.










ASPECTOS EMOCIONAIS:


A decisão de amamentar é um processo que se define nos primeiros dias após o parto , mas seguramente é construído ao longo da vida da mulher. A paternidade responsável certamente ajudará na tarefa de conduzir a amamentação . O desejo da gravidez e de cuidar e amamentar o filho é uma experiência que se espera compartilhada . A relação intima da mulher com seu filho na gestação é alterada quando ela é separada de seu filho imediatamente após o parto. No período imediato ao parto , chamado de sensitivo, ocorrem os primeiros e marcantes contatos dos sentidos do olhar , do cheirar e do tocar da mãe com seu filho. O amamentar parece ser a forma como o filho e sua mãe atingem o máximo contato. Assim, o desejo e o prazer se sustentam neste ato. A separação por tempo prolongado nos primeiros dias pode refletir no comportamento evolutivo, alterando o nível da relação afetiva(apego) e dos cuidados maternos.
A mãe que amamenta mantém níveis altos de hormônios como a prolactina e a ocitocina que provocam mudanças fisiológicas certamente acompanhadas de efeitos psicológicos.Para a criança o amamentar não é apenas a satisfação de sua fome, mas também um momento de prazer, através do contato corporal com a mãe.



DROGAS E LACTAÇÃO


Medicamentos(drogas) administrados á mãe , através de sua excreção pelo leite, podem afetar desfavoravelmente o lactante. Embora, na maioria dos casos, a dose eliminada pelo leite seja insuficiente para causar efeitos farmacológicos na criança, há situações em que esses efeitos ocorrem, trazendo risco para a criança. O principio fundamental da prescrição de medicamentos para mães em lactação baseia-se principalmente no risco verso benefício.
Alguns aspectos práticos para prescrição de drogas em mães durante a lactação são os seguintes.
§ Questionar se a terapêutica é necessária e indispensável. Neste caso, a consulta entre o pediatra , obstetra ou clinico é muito útil.
§ Utilizar drogas sabidamente seguras para a criança , de menor efeito colateral. Em geral drogas amplamente usadas em crianças são aceitáveis para o uso materno durante a lactação.
§ Em caso de risco para o lactente , fazer dosagens laboratoriais para determinar os níveis plasmáticos no lactente e avaliação clínica.
§ Programar o horário de administração da droga á mãe , evitando que o pico do medicamento no sangue e no leite materno coincida com o horário da amamentação.
§ Evitar drogas de ação prolongada pela maior dificuldade de serem excretadas pelo lactente.




O PROCESSO DE DESMAME



Desmame é o processo pelo qual se introduz progressivamente a dieta habitual da família, para complementar ou substituir o leite materno, até então a única fonte de nutrição da criança. O período que vai desde a introdução de novo alimento até a suspensão completa do aleitamento materno é chamado de “período de desmame”.
Até há 100 anos , o tempo considerado próprio e culturalmente aceito para o desmame compreendia o seu inicio após doze meses e o termino até três anos de idade da criança. De lá para cá , este tempo foi diminuindo gradativamente até chegar a quatro a seis meses , idade sugerida atualmente para o seu inicio. O desmame é um processo contínuo e delicado na vida da criança, devendo , se possível, evoluir até o final do primeiro ano de vida.A época do término do período de desmame deve ser uma decisão da mãe e de seu filho. Em algumas comunidades é necessário o prolongamento da amamentação até o segundo ano de vida, pois pode representar até um terço da energia e da necessidade protéica da criança.
Em circunstâncias onde o desmame precoce pode ocorrer, principalmente quando a mãe passa a trabalhar fora de casa , indica-se o uso de copo e colher para a introdução de frutas e comida de sal, evitando-se assim o uso de mamadeira e possibilitando a manutenção do aleitamento materno por tempo mais prolongado. O desmame deve ser feito com cuidado, pois poderá dar inicio a uma má nutrição por déficit (desnutrição) ou por excesso( obesidade), com conseqüências danosas a médio e longo prazo. Nas populações mais pobres , devido á exposição contínua a infecções e infestações, ele pode determinar agravamento da desnutrição e maior morbimortalidade.
Uma das finalidades do desmame é a introdução de alimentos ricos em ferro e, por isso , deve ser iniciado por volta dos cinco a seis meses de idade , quando a reserva de ferro da criança , feita no último trimestre de gravidez, pode estar se exaurindo. Além disto,esta é a época de inicio da dentição , quando se desenvolve a necessidade natural de mastigar e morder e quando o aparelho digestivo da criança está mais capacitado a receber alimentos novos. Crianças em aleitamento artificial podem necessitar mais precocemente da introdução de frutas e refeição de sal .



até a data que completaria 40 semanas. Após a alta do berçário é recomendável que os RNPT sejam acompanhados inicialmente com intervalos semanais.A avaliação antropométrica (peso, comprimento e perímetro cefálico) deverá ser realizada e anotada semanalmente até a 40 semana de idade pós-menstrual corrigida e, posteriormente , com intervalos de um mês. O conceito de idade pós-menstrual corrigida é importante e se obtém acrescentando a cada semana de vida pós-natal a idade obtida a partir da última menstruação materna ( idade gestacional ou concepcional). Como por exemplo, o RNPT de 32 semanas, após sete dias, tem a idade de 33 semanas pós-menstrual. Assim se procede até a 40ª semana. Após esta data, a correção é realizada em meses.
Isto possibilitaria a continuidade da avaliação do crescimento e desenvolvimento de forma adequada, especialmente nos primeiros dois anos de vida, e é tanto mais necessária quanto mais prematura for a criança. O conceito é de que o crescimento se inicia na concepção. A criança terá neste tempo duas idades a considerar, a cronológica(considerada a partir do nascimento) e a corrigida( considerada a partir da concepção) .
Os RNPT, principalmente os adequados para a idade gestacional, portanto com seu peso ao nascer entre o percentil 10 e 90, em sua maioria apresentam após o nascimento um período de crescimento de recuperação, também conhecido como catch- up.
O crescimento pós-natal, em geral, apresenta os seguintes momentos:
- período de perda de peso, proporcional ao peso ao nascer, à idade gestacional, ao crescimento intrauterino, as condições clínicas e ao aporte hídriconutricional;
- período de mínimo crescimento;
- período de maior crescimento, com a curva de peso, comprimento e perímetro cefálico mostrando aceleração longitudinal(catch up);
- período de normalização do crescimento, quando o recém- nascido passa a crescer de acordo com seu canal de crescimento, dentro de suas potencialidades genéticas.

Uma proporção importante de recém-nascidos pré-termos pequenos para idade gestacional (RNPT-PIG), isto é, que nasceram com peso abaixo do percentil 10, não apresentam o crescimento do tipo catch-up, permanecendo na curva de crescimento abaixo deste percentil. A possibilidade ou não de recuperação do canal de crescimento superior está relacionado com a intensidade e duração do retardo do crescimento intra-uterino.
O período de recuperação, quanto a peso e comprimento, ocorre nos primeiros meses , mas pode ocorrer mais tardiamente. No, entanto, o cérebro tem o crescimento em recuperação mais cedo. Alguns autores sugerem o crescimento do perímetro cefálico como critério para estabelecer a ocorrência de catch-up no heterogêneo grupo dos RNPT-PIG.Assim, deve se fazer a avaliação do comprimento e perímetro cefálico ..O crescimento de recuperação, principalmente para peso e perímetro cefálico, é descrito ter uma duração de seis a nove meses ou mais.Estudos recentes descrevem esta recuperação , principalmente do peso, em momento mais precoce, como ao completar a idade corrigida de 40 semanas ou um a dois meses após.
No momento da alta hospitalar de uma criança prematura, principalmente as de baixa idade gestacional, o seu relatório deverá indicar que as medidas do peso,comprimento e perímetro cefálico, realizadas ou a serem realizadas na 40 semana pós-menstrual de idade corrigida , serão as que se marcarão no ponto zero do eixo de idade, do ‘’Cartão da Criança’’, independente de sua idade cronológica.



ALGUMAS PARTICULARIDADES DO CRESCIMENTO DO ADOLESCENTE

A adolescência , faixa etária entre 10 e 19 anos, é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, com importantes transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais.Puberdade é o conjunto de modificações ligadas ao amadurecimento sexual que marcam a passagem progressiva da infância á adolescência. A idade de início da puberdade apresenta ampla variação, podendo começar no sexo feminino entre 9 e 13 anos e no sexo masculino entre 10 e 14 anos.
Sendo as condições ambientais favoráveis, grande parte das variações do crescimento são devidas principalmente a fatores genéticos.A influência de fatores hereditários é traduzida sob vários aspectos somáticos, com a intensidade de características sexuais( tamanho das mamas, época de início da puberdade e etc)
O processo de crescimento e desenvolvimento da adolescência ocorre em diversos setores do organismo, porém as manifestações mais evidentes se relacionam aos aumentos de altura , peso,maturação sexual e transformações psicológicas.
A avaliação do crescimento deve ser entendida como um processo dinâmico a ser observado e quantificado mediante múltiplas medidas , em diferentes ocasiões.Esta avaliação longitudinal permite conhecer a tendência ou o comportamento do processo e a provável evolução futura. Até cerca dos 9 ou 10 anos de idade, meninos e meninas são muito semelhantes em relação a peso e altura. As meninas começam a crescer mais cedo. Dos 11 aos 14 anos , as meninas crescem mais que os meninos , invertendo-se essa situação ao redor dos 15 anos.
No sexo masculino a velocidade máxima do aumento da altura, chamado estirão da puberdade, pode chegar a aproximadamente 10 cm por ano, no sexo feminino esse pico de crescimento estatural é de oito a nove centímetros por ano.A aceleração do crescimento inicia-se nos membros inferiores e posteriormente no tronco. Nos membros inferiores se faz na direção distal-proximal. Esses segmentos também param de crescer na mesma ordem.A desaceleração e posterior parada do crescimento se dá ao redor de 15 e 16 anos nas meninas e 17 e 18 anos nos meninos.
No sexo feminino o estímulo hipotalâmico e a produção de gonadotrofinas (FSH e LH ) estimula a produção de esrtrogênios e progesterona. O estradiol estimula o desenvolvimento de mamas, dos pequenos e grandes lábios, vagina, últero e ductos mamários. Ao aparecimento do broto mamário, geralmente a primeira manifestação de puberdade na menina, segue-se dentro do mesmo ano o desenvolvimento de pelos pubianos .As primeiras manifestações da maturação sexual ocorrem geralmente pouco antes dos 10 anos de idade, aparecendo a pilosidade axilar no ano seguinte. A menarca ou a primeira menstruação , ocorrem em média aos 12 anos de idade, geralmente 6 a 12 meses após o pico do crescimento estatural .O ciclos menstruais iniciais são freqüentemente anovulatórios e irregulares .
No sexo masculino o estímulo hipotalâmico e a produção de gonodotrofinas (FSH e LH) causam uma aumento do tamanho testicular. A partir daí a proliferação de células intersticiais dos testículos ocasiona uma elevação dos níveis séricos de testosterona advindo então o crescimento de pêlos pubianos, axilares e faciais , desenvolvimento peniano e rápida velocidade de crescimento. O aumento testicular é o primeiro sinal de puberdade e geralmente passa despercebido pelos pais.O início do aumento testicular ocorre em média aos 11 anos.O aparecimento da pilosidade é em média ao 11 anos, os pêlos axilares aos 13 anos e os pêlos faciais aos 14,5 anos, em média.



ü DESENVOLVIMENTO


ASPECTOS GERAIS DA AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Crescimento e desenvolvimento são processos integrados e não ocorrem ao acaso, desorganizadamente , seguem princípios básicos. Nenhum marco do desenvolvimento , entendido como capacidade de realizar funções cada vez mais complexas, surge repentinamente sem que uma estrutura física e funcional já exista. Por exemplo a criança para andar precisa de já ter passado por estágios como ficar de pé com equilíbrio e ter seus músculos desenvolvidos.
Em relação ao desenvolvimento , existe sempre uma seqüência fixa e invariável para cada espécie, embora com um ritmo variável de indivíduo para indivíduo. Essa variação de ritmo individual permite estabelecer limites de normalidade , idades mínima e máxima em que cada marco do desenvolvimento pode ser observado.
Além da seqüência e ritmo, o desenvolvimento segue também duas direções:
· CÉFALO-CAUDAL-Inicia-se na cabeça , estendendo-se descendentemente por todo o corpo.
· PRÓXIMO-DISTAL-O amadurecimento se direciona das partes centrais do corpo para as periféricas, de dentro para fora, o controle de segmento do tronco precede ao dos braços e dedos.
Outra característica importante do desenvolvimento é que as respostas gerais precedem as particulares. Por exemplo, o recém-nascido quando estimulado no pé responde com todo o corpo, já o lactente quando estimulado no pé responde desviando apenas no pé.
Em desenvolvimento, vale ressaltar o conceito mais amplo que compreende todas ações reflexas, voluntárias, espontâneas e aprendidas. A avaliação do comportamento pode ser comportamento pode ser agrupada em quatro campos:
· DESENVOLVIMENTO MOTOR- Diz respeito ao controle dos movimentos do corpo, desde os grosseiros até os mais finos. Evolui na criança de forma seqüencial levantar e controlar gradualmente a cabeça e o tórax, voltar-se sobre si mesma, sentar-se, engatinhar, por-se de pé, caminhar, etc.
· DESENVOLVIMENTO ADAPTATIVO- Compreende ações de ajustamento para as novas atividades mais complexas, beneficiando-se de experiências anteriores. As habilidades motoras mais complexas na criança avançam através da coordenação entre sensação, percepção, elaboração, planejamento e execução, como necessidade de resposta ante objetos e situações. Exemplo: a coordenação de movimentos oculares e manuais para alcançar, manipular, passar objetos de uma mão para outra, distinguir figuras e abotoar-se;
· DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM- refere-se todos os meios de comunicação (percepção, compreensão e expressão). Seja através de gestos, vocalizações e de palavras.A linguagem manifesta-se ao nascer, com o primeiro choro, e progride até converter-se em pequenos sons guturais, risos, gritos, sons repetidos, compreensão de ordens, palavras, frases e orações;
· DESENVOLVIMENTO PESSOAL-SOCIAL- Compreende habilidades e atitudes pessoais da criança frente a seu meio sociocultural. Ela desenvolve inicialmente sua capacidade de tornar-se independente nas atividades da vida diária(alimentar-se, despir-se, controlar fezes e urina, vestir-se, escovar dentes, tomar banho), construindo essa independência em nível familiar e, posteriormente, em nível social mais amplo( parentes, escola, sociedade.)
Assim, é necessário o acompanhamento do desenvolvimento desde o pré-natal, orientando e motivado a mãe sobre as vantagens do controle periódico da criança como meio de avalia-la e estimula-la, para que tenha um desenvolvimento harmônico e condições adequadas para a aprendizagem.


ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ATÉ OS CINCO ANOS

O acompanhamento e a avaliação do desenvolvimento devem ser sistemáticos e programados, constituir-se rotina simples, ser compreendidos e utilizados como uma estratégia para a promoção de saúde e estar integrados à estimulação.
Para a avaliação e o acompanhamento do desenvolvimento há vários instrumentos, desde modelos simplificados para triagem em atenção primária em saúde, até métodos mais complexos geralmente de uso de profissionais especializados, para avaliação do desenvolvimento cognitivo, de linguagem, psicológicos mais significativos do desenvolvimento até o quinto ano de vida da criança.Guarda correspondência com as observações sobre desenvolvimento, registradas no Cartão da Criança.A escala de desenvolvimento Denver é outro instrumento que pode ser utilizado para a avaliação do desenvolvimento, de forma mais detalhada que a ficha de avaliação de desenvolvimento
A escala de Denver, de aplicação fácil e rápida , deve ser considerada teste de triagem e não teste diagnóstico.Não tem como objetivo a determinação de testes de quociente intelectual(Q.I) ou de quociente de desenvolvimento (Q.D).A aplicação do teste deve ser feita durante a anamnese e o exame físico, valorizando-se as informações da mãe ou acompanhante que o examinador considere fidedignas.No entanto convém evitar os momentos em que a criança esteja amedrontada ou após procedimento doloroso.

ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE MAIS DE CINCO ANOS

Embora o acompanhamento do desenvolvimento da criança até os cinco anos seja prioritário , até mesmo pela maior vulnerabilidade nesse período, a avaliação do desenvolvimento deve ser item obrigatório no atendimento da criança maior.Deve ser indagado á família sobre o rendimento escolar, a dinâmica das relações familiares, a sociabilidade, a superação da enurese noturna e das dislalias de troca e supressão, a independência para alimentar-se e vestir-se e o estilo de vida-horário de dormir e levantar-se, horário de estudo, tempo que vê televisão a prática de esportes, disciplina e organização de suas coisas,higiene corporal e bucal,etc.A grande maioria dos problemas observados nessa fase estão ligadas ás áreas psicológica e social. Mesmo os problemas motores,na ausência de limitantes físicos, são freqüentemente psicomotores.















ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE


Embora seja um fato natural a transformação da criança em adulto, a maneira como essa transição é efetuada varia de acordo com a época, a cultura,o nível social,etc.A influencia dos aspectos externos próprios de cada cultura pode favorecer ou dificultar a transição do adolescente.Apesar desses aspectos ambientais e sócio-culturais influírem nas manifestações da adolescência , é certo que existem fatores psicológicos que lhe conferem características universais.
Na adolescência surge a tendência grupal: adolescente não pode se separar da ‘’turma’’e são estabelecidas regras em relação a vestimentas, costumes e preferências.Como uma das formas típicas do pensamento de adolescente surge a necessidade de intelectualizar e fantasiar. Outra característica desse período é a evolução sexual,desde o auto-erotismo até a heterossexualidade. Faz-se necessário distinguir sexualidade e genitalidade. Sexualidade é forma de obter e proporcionar prazer através do corpo;genitalidade refere-se apenas aos órgãos reprodutivos.
A sexualidade está presente desde o nascimento, não se instala abruptamente na adolescência , mas surge paulatinamente a partir de experiências vivenciadas.Na infância a força sexual é auto-érotica, não está dirigida para outra pessoa, satisfaz-se com o próprio corpo. Na adolescência o sexo aflora em todas as dimensões do aspecto físico e emocional. Inicia-se a busca do objeto sexual.O indivíduo define sua conduta na área genital e emergem as funções sexuais do adulto.






DESENVOLVIMENTO E ESTIMULAÇÃO

Um aspecto fundamental para o desenvolvimento é a existência de estímulos ambientais que suscitem respostas da criança e a capacitem a adquirir e aprimorar habilidades funcionais. A estimulação tem como característica de ser essencial,isto é, o não estimulo significa o não desenvolvimento de todas as potencialidades com a qual a criança nasceu. A segunda característica da estimulação é que deve ser oportuna , ou seja, ser adequada ás etapas já superadas pela criança e aos marcos atuais do seu desenvolvimento . Esse caráter de oportunidade refere-se , pois,não a tempo cronológico, que é tomado para comparações estatísticas, mas a etapas de complexibilidade somatória.A estimulação não oportuna , muito precoce, pode gerar tensões na criança e na família e, mesmo, atuar negativamente no seu desenvolvimento. A estimulação tardia talvez só obtenha resultados parciais na recuperação de etapas atrasadas.

Crescimento e desenvolvimento

Os termos crescimento e desenvolvimento têm sido usados erroneamente como sinônimos. Crescimento é o aumento na estrutura do corpo, tendo em vista a multiplicação e aumento do tamanho das células. Desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas.
>> Fases iniciais
· Crescimento intra-uterino: vai da concepção ao nascimento, sendo essa fase caracterizada como de grande intensidade. A altura média de um recém-nascido de “tempo certo” é de cerca de 50 cm. Ela, normalmente, aumenta 50% no primeiro ano de vida (uma criança de 1 ano tem cerca de 75 cm) e vai atingir 1 metro por volta de 4 anos de idade.
· A fase intermediária, que é a segunda infância (5 aos 7 anos), representa o período de equilíbrio e crescimento, pois o peso mantém-se praticamente estável, enquanto a estatura aumenta de forma moderada.
· A fase acelerada após o primeiro ano de vida dá-se na fase da adolescência, quando modificações em diversas partes do organismo e transformações psicológicas e sociais são de suma importância para a formação do homem adulto. No início dessa fase o crescimento se acelera até atingir um ponto máximo em torno dos 12 / 13 anos para as meninas e dos 15 anos para os meninos. Depois, a velocidade do crescimento declina rapidamente até os vinte anos.

de cinco anos apresentam déficit de altura por idade e 5,7% de peso por idade. A desnutrição atinge, principalmente, crianças na faixa etária de seis meses a dois anos. Entre as várias substâncias importantes para o crescimento saudável de crianças e adolescentes, destaca-se a lisina, um aminoácido que o organismo não produz.
>> Qual a importância deste aminoácido?
É importante para a formação dos ossos graças à sua capacidade de aumentar a absorção intestinal de cálcio, bem como tem papel fundamental na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, na formação do colágeno e das fibras musculares e na regeneração dos tecidos. A falta desse aminoácido pode causar anemia, dificuldade de concentração, retardo no crescimento, diminuição do apetite e perda de peso, entre outros distúrbios.
>> Como estimular o organismo infantil a produzir a lisina?
A alimentação é a principal resposta para essa pergunta. Arroz, trigo, aveia, centeio e milho - bases da alimentação em diversas regiões do mundo - contêm esse aminoácido. Entre outros alimentos ricos em lisina estão o queijo, ovos, leite, batatas, carne vermelha, peixe, leveduras e soja. Cuidados com o crescimento infantil:
· O acompanhamento do crescimento em peso, estatura e perímetro cefálico é feito por meio das consultas mensais ao médico e da anotação em um gráfico que mostra as curvas respectivas.
· Para responder aos pais não basta ao pediatra simplesmente consultar uma tabela. Ele tem de conhecer, levar em conta e analisar vários fatores referentes à criança e sua família, como o peso e a altura dos pais, de que forma foi o crescimento deles, os dados da gestação, o peso e a estatura de nascimento, a alimentação do bebê, etc.
>> Problemas que envolvem o crescimento
Chamada popularmente de dor de crescimento, a disfunção acomete crianças entre 3 e 12 anos. Embora na maioria das vezes não deixe seqüelas, pode estar mascarando algum problema mais sério - daí a necessidade de procurar ajuda médica no caso de queixas persistentes. Em geral, as crianças reclamam de dores profundas e bilaterais, que surgem principalmente na parte anterior das pernas e nas panturrilhas. A origem do desconforto vai de doenças ortopédicas a problemas emocionais.
>> Problemas mais graves
Em outras situações, porém, a queixa pode significar algo mais grave, como as chamadas doenças da cartilagem de crescimento, que atingem mais comumente adolescentes entre os 14 e 16 anos. Essa desordem pode se manifestar nos joelhos, tornozelos, calcanhares, quadril e, até, coluna. Em certos casos, gera pequenas deformidades. O nome da doença varia de acordo com a parte do corpo em que aparece. No joelho - onde ocorre com maior freqüência - chama-se Osgood-Schlatter. Se não forem tratados, alguns desses casos podem deixar pequenas deformidades. Quem teve no joelho, por exemplo, pode apresentar saliência, como se fosse um calombo, logo abaixo da articulação. Se for no quadril, uma perna pode ficar mais curta que a outra. Diagnóstico precoce (feito por raios-X) ajuda evitar tal situação.
>> Tratamento
A terapia adotada varia conforme a área atingida. Nos joelhos, uma das técnicas é usar uma espécie de faixa elástica ao redor da perna, bem abaixo da rótula - como muitos atletas lesionados fazem. No quadril, adotam-se medidas fisioterápicas que ajudem a diminuir o apoio nessa região. Os males derivados de desordem nas cartilagens de crescimento podem também ser leves e transitórios. O paciente, às vezes, não dá importância à dor e acaba crescendo sem saber que teve a doença. No momento de crise e dor, a recomendação é fazer massagens, com movimentos suaves que alonguem os músculos. Analgésicos só devem ser usados sob orientação do pediatra.
A análise completa da situação de uma criança só pode ser feita pelo médico que a acompanha e que conhece todos os fatores citados anteriormente.



Faixa de peso e estatura mais comuns, por idade e sexo
Meninos Meninas
Idade PESO (kg) ESTATURA (cm) PESO (kg) ESTATURA (cm)
3 meses 5,640 - 7,130 59- 64 5,170 - 6,610 58 - 62
9 meses 8,030 - 10,120 68 - 74 7,530 - 9,280 67 - 72
1 ano 8,980 - 11,250 72 - 78 8,460 - 10,400 71 - 76
2 anos 11,660 - 14,330 84 - 90 11,020 - 14,000 83 - 89
3 anos 13,360 - 16,370 91 - 99 12,610 - 16,750 91 - 99
4 anos 14,770 - 18,480 97 - 106 13,950 - 19,230 97 - 106
5 anos 16,260 - 21,070 103 - 112 15,410 - 21,710 103 - 112
6 anos 17,930 - 24,140 109 - 119 17,060 - 24,280 108 - 119
7 anos 19,720 - 27,440 115 - 125 18,850 - 26,940 114 - 125
8 anos 21,500 - 30,680 120 - 131 20,680 - 29,710 119 - 130
9 anos 23,170 - 33,790 125 - 137 22,540 - 32,720 124 - 136
10 anos 24,720 - 37,100 129 - 141 24,600 - 36,300 129 - 141
11anos 26,400 - 41,560 132 - 146 27,360 - 41,110 134 - 147
12 anos 28,710 - 48,950 136 - 152 31,730 - 48,200 140 - 154





CONCLUSÃO


Através deste trabalho foi possível determinar a diferenciação entre crescimento e desenvolvimento, a importância de uma boa alimentação, como contribuir para o crescimento no que se refere a ganho de peso e estatura até a idade do ‘’estirão’’ (adolescncia )para o desenvolvimento cognitivo –motor de uma criança durante os primeiros anos de sua vida através da estimulação.
Tais fatores são de extrema importância para um desenvolvimento sadio e global do ser humano.































BIBLIOGRAFIA
Pediatria Ambulatorial
Ennio Leão
Edison José Correa
Marcos Boráto Viana
Joaquim Antonio C. Mota
3º edição- COOPMED-Editora médica 1998

Web site –saúde da criança-Dra Elisabeti Almeida-
Ceolisabet @latinmed.com.Br
Site da saúde-www.lincx.com.Br
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