Eu adoro a noite.
Quando ela vem de negro
Nos fazer ter medo.
Envolvendo em desespero.
No lar dos cegos
É sempre noite.
E as vaga formas que vemos.
São sombras sumindo noite adentro.
Os aromas se purificam
Quando sentem a noite chegar.
A lua brilha, clareia a escuridão.
Nos toma no leito. Embala com uma canção.
O sol desce, a noite cresce.
É a hora da noite amar.
Os amantes que a vem olhar.
Querem uma sombra para melhor beijar.
A noite nua, flutua a lua.
Tem a noite, a pérola mais pura.
Cintilam as estrelas, no escuro céu.
São lágrimas frias no seu véu.
Diga ó noite, se são seus sons,
Se são seus aromas, se são seus tons – Estes tons tão teus, tão bons.
Que me faz viajar com seus dons.
Viajar para ela, por ela, por nós ó noite.
É a sua brisa fria, que me faz sonhar.
É o que a torna perigosa, que me faz amar.
Que me faz viver, para querer saber
O quanto posso sofrer, sem ter você.
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