A Caloura, o Caminhoneiro e a Puritana
Dia 9 de abril de 2013, na Rua Francisco H. dos Santos, em Curitiba, deparei-me com uma cena que todos os anos é comum: calouras bonitas com roupas sensuais, pintadas de tinta e pendido dinheiro no sinaleiro.
Elas exclamavam para os condutores de automóveis que paravam no farol:
- Por favor, uma moedinha para a caloura!
De repente, uma delas, parou ao lado de um caminhão e falou ao motorista:
- Uma moeda, por favor.
Radpidamente, o chofer pegou uma nota de dez reais e enfiou no profundo decote da moça, que sorriu envergonhada.
No mesmo instante, uma idosa com roupas puritanas, que estava ao lado do sinaleiro, comentou:
- Este caminhoneiro deve estar muito nescessitado para dar dez reais e apenas passar a mão no decote desta jovem magrinha. Afinal, qualquer garota de programa, da Rua Visconde de Guarapuava, faz o serviço completo por este preço.
Após este comentário, fiquei abismada, mas continuei o meu trajeto. Pois, a todo o instante sou uma caloura na faculdade da vida.
Luciana do Rocio Mallon
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