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Poesias-->Ensaio da Meia-Noite -- 04/11/2001 - 08:12 (Poeta Maldito) |
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Quantas linhas já preenchi.
Quantas páginas já virei.
E me diga o que mudei em vocês?
O que abafei e o que libertei?
Encontraram a verdade?
Sei que posso lhes mudar.
Mas não quero incomodar.
Vão para casa.
Sejam livres enquanto pensam.
Eu sou o maior dos imbecis.
Enquanto dormem intranqüilos.
Eu permaneço aqui olhando as estrelas.
Tentando olhar envolta.
E o que vêem envolta?
Eu vejo imoralidade e amoralidade.
Nosso cotidiano.
Somos quem nós podemos ser?
Ou somos quem nos é melhor ver?
Eu também já vi coisas piores.
A cada dia que lhes vejo crescer.
Quem trabalha mais,
É mais digno?
E quem trabalha mais?
Teus poderes se esgotaram,
Meu Deus.
Não chore a criação indigna.
Nós ainda temos lembranças vagas do seu rosto.
E não somos culpados.
Somos crianças em descoberta.
Mas repetimos sempre o mesmo erro.
Aqui neste mundo ainda paira esperança.
Alguns ainda sabem viver.
O que sabemos sobre viver.
Eu quero a falta de ordem,
Mas sem o caos.
Ainda sentimos alguma coisa?
Eu acho que sentimos mais que o necessário.
Desmorona em sua própria riqueza.
Natureza meu refúgio.
Te engulo terra.
Sou parte dessa esfera.
Já sou feliz
Se tenho o céu.
E sou eterno,
Neste leito materno.
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