Usina de Letras
Usina de Letras
267 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62170 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50575)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Ódio / Amor -- 27/01/2007 - 09:29 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ódio / Amor

Odeio-te
maria da graça almeida

Antes de ti eu desconhecia o amargor do ódio;
antes de ti não tinha razões para sabê-lo;
até que surgiste, não sofria os golpes das batalhas exteriores
e conseqüentemente das interiores.

Despertaste em mim um sentimento
que envergonha e aniquila a decência;
que me faz rota de virtudes e me embala
ao compasso da ignomínia e da vileza (des) humana.

Impedes-me de usufruir a maneira
de viver como aprendi e ensaiei a vida inteira;
tiraste-me a oportunidade de escolher os caminhos; ceifaste-me as expectativas
e anulaste -me a esperança.

O amargor que no fundo da garganta hoje sinto
devo-o a ti, porém sei que igualmente o devo a mim,
quando, em face dos teus desmandos e desvarios,
permiti que ocupasses meu espaço;
que me limitasses os passos,
me obrigasses à entrega,
me capacitasses à aceitação.

Odiando-te, fiz por odiar-me também
ao odiar o sentimento de ódio que habita em mim
e que ora, profundo, nutro por ti.
Odeio-te

Amo-te
maria da graça almeida

Antes de ti eu ignorava o sabor do amor
antes de ti não tinha motivos para conhecê-lo,
até que surgiste, não percebia a bonança exterior
tampouco o frescor amigo da brisa interior.

Despertaste em mim um sentimento
que enobrece a alma e acalma as inquietudes;
que me fortalece as virtudes e me embala
sob a melodia do aconchego e da ternura humana.

Incitas-me a usufruir a maneira de viver
como desde a tenra infância desejei;
deste -me o direito de optar pelas próprias trilhas,
tiraste a sombra da melancolia
que velava meu coração ansioso.

A calmaria que experimento no fundo do peito
devo-a a ti, porém sei que igualmente a devo a mim
quando permiti que a magia do teu amor
me envolvesse plenamente;
quando pressenti a resplandecência de tua aura;
quando me dispus a desfrutar de tua interioridade.

Amando-te, fiz por amar-me também
ao amar o sentimento de amor que habita em mim
e que ora, eterno, alimento por ti.
Amo-te.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui