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Cartas-->Quarta carta para Helena -- 17/04/2007 - 21:52 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasília 17 de abril de 2007

Oi, Helena

Embora você saiba que tem um espaço próprio em minha correspondência, na verdade, temos conversado pouco. Gostaria de colocá-la sempre a par de meus projetos pois sei que você se interessa bastante por ciência política e ciência literária. Não lhe dei mais informações sobre aquele artigo de que lhe falei sobre a "Senhora" de José de Alencar. O artigo está praticamente pronto. Mas não tem havido pressão de ninguém para que eu o termine mais rápido. Está para sair. Estou aproveitando só para uma boa revisão. Mas vai sair, com certeza. E não deixarei de informar, a seu tempo, nossa roda de amigos.
Sei que você aprecia bastante a poesia de Jan Muá. Sabe que ele publicou o livro de poemas “A alma das coisas”. Grande parte dos poemas publicados no livro, você pode acompanhar pela Internet. Há um índice e você pode escolher. A escolha é sempre muito pessoal e subjetiva. Sua amiga Sofia, a mais nova das quatro irmãs, por exemplo, me disse outro dia que acha muito romântico o poema “A Ternura dos teus olhos”, publicado na Internet. A toada principal e natural dos poemas de Jan Muá é a de tentar definir ao vivo “a alma das coisas”. Ora, um “olhar” é o sinal mais divino que existe sobre a terra em termos de expressão, em termos de alma, de anúncio, de projeção e de comunicação. Um olhar pode transmitir um mundo. Eu diria melhor: pode transmitir a temperatura de um mundo. Pode representar a comunicação entre duas pessoas. A boa comunicação e a má comunicação. Sempre preferimos que transmitam a comunicação amorosa, a boa comunicação. Um sinal de concordância e de aceitação, nas comunidades humanas, é mais agradável, mais romântico. Por isso, quando a ternura desce sobre os olhos de alguém e sobretudo quando ela se torna linguagem especial que tenta levar o coração até outra pessoa, como é o caso da ternura romântica, os olhos podem por si mesmos ajudar a definir o perfil da pessoa. Os olhos transformam-se, como dizem os poetas, nas janelas do mundo, porque são, no fundo, os melhores instrumentos e mensageiros da alma. E a ternura é o grande condimento de que os homens precisam para temperar humanamente suas próprias emoções, que por vezes traduzem friamente. Acho por isso, que sua amiga Sofia tem bastante razão na escolha que fez e na preferência que demonstrou por esse poema. O Jan Muá deve ter apreciado e louvado a perspicácia e a profunda escolha da Sofia. E isso porque a escolha tornou-se até interessante por outra razão: porque, analisadas as coisas, a temática desse poema, bate no fundo de uma das características marcantes da poesia de Jan Muá, onde a aparição do poema surge como uma “poesia da alma”! Mas olhe, Helena. Tem mais coisas. A sua amiga Sofia , depois de ter conversado bastante comigo sobre a poesia de Jan Muá, de Juan de la Ville e de outros heterônimos, manos de Jan Muá, me apontou outro texto, que ela acha que tem um espaço importante no livrinho. Ponderando bem, eu dei-lhe razão. Não sei se você já leu. Esse poema chama-se “Asa”. Fale com Sofia. Pode encontrá-lo no livro ou em Usinadeletras, na minha página, em "Poesias". Pode escolher. Tente ler e depois me diga sua opinião.
Beijos. João

17 de abril de 2007
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